Dois
fatos ontem chamaram a atenção: O depoimento de Demóstenes ao Conselho de Ética
do Senado e a passeata contra a violência em Alagoas ocorrida na orla de Maceió.
O
primeiro, já aguardado e sem grandes novidades, o depoimento do ex-mosqueteiro da
ética, senador Demóstenes Torres / GO. Se contradisse em algumas falas se
enrolou ainda mais e leva Gilmar consigo. Clique
aqui e aqui e leia mais sobre o depoimento
Parêntese
importante sobre a mentira de Gilmar e da Veja. O UOL publicou uma análise de voz
da entrevista de Gilmar à Globo e detectou que Gilmar mentiu. A Tag #GilmarMentes
é verdadeira. Clique aqui e veja Gilmar mentindo em rede nacional
E
ainda tem um monte de coisas que não foram explicadas. Leia mais aqui
Sobre
o segundo, a passeata contra a violência em Alagoas, já manifestei minha
opinião na postagem anterior (clique aqui). Acho válida a manifestação, mas não posso deixar de identificar a
hipocrisia latente da classe média.
Esta
só se manifesta quando a “bagaceira” acontece no seu quintal e com alguém dela.
Esse mesmo povo que estava de banco pedindo paz é o mesmo que acha que bandido
bom é bandido morto. Que vota em quem defende um policial para cada habitante.
Ou vota em usineiro ajudando a manter a concentração de poder em Alagoas.
Estamos
no topo do ranking da violência no país a muito tempo. Isso não é novidade. E
porque toda essa revolta agora? Porque foi um assassinato de um médico numa
área nobre de Maceió.
E
quanto aos crimes ocorridos na periferia? O povo de branco não liga. Passa ao largo
porque não dá pra ver das varandas da orla ou das janelas das casas em condomínio
de luxo.
Ironicamente
(e lamentavelmente) no momento do ato pela paz na praia, morreu um jovem na Cambona
(clique aqui). Quando será o ato em
protesto lá?
Quando
falo de hipocrisia não me refiro a ninguém particularmente, apenas ao fenômeno desta
camada de nossa sociedade. Pois é esta camada que mais reverbera valores
conservadores em todas as áreas. Infelizmente.
Nas
redes sociais falam que agora a sociedade acordou. Será?
Muitas
das falas trazem consigo a negação da política. Então não acordou, não. Só tá
com raivinha.
Mas
se é o Estado que não garante a segurança. Como não negar a política? –
pergunta você que está lendo agora.
Ora,
se o Estado não garante, muda-se quem dirige seu aparato. Muda-se as regras do
Estado. Muda-se, até e porque não, o perfil desse Estado. Mas quaisquer dessas
mudanças, só com politica. Institucional ou não.
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