quinta-feira, 21 de junho de 2012

A mídia no dia da mídia


Charge originária do Blog Jornalismo B




Hoje, dia 21 de junho, é o Dia da Mídia. Mídia que hoje vive envolta com debates, mais acalorados por conta de uma cachoeira de fatos, sobre sua regulamentação.


A mídia brasileira sempre tão poderosa e sempre ao lado, e à serviço, das elites e sempre com seu dedo em riste ao acusar opositores aos seus interesses corporativos de classe, agora se desdobra em desespero para se desvincular de suas relações criminosas com o bicheiro Carlos Cachoeira.

Sim, a maior revista do país, Veja e a maior emissora de TV, a Globo (e toda a organização Globo) se pautaram pelos interesses de Cachoeira. É claro que estes eram comuns.

A manipulação da informação por parte da grande imprensa é tão grande que de fato que o que ela oculta nos dá a sensação de inexistência do acontecido.


Por exemplo:

A grande mídia não noticiou o esquema das ambulâncias do Serra no governo FHC, pelo menos não com o destaque que merecia e teria chutado o balde nas eleições de 2006. Tal postura acarretou no pedido de demissão do jornalista Rodrigo Vianna, este se tornou um blogueiro sujo. Ou seja, anti PSDB e grande imprensa.

Segue um trecho da sua carta de demissão:

“Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do “dossiê”. Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não.”  Leia a íntegra aqui

Ou um caso agora mais recente sobre a eleição em São Paulo. A Globo simplesmente ignora o Haddad, candidato do PT à prefeitura. Mesmo sobre as polêmicas de alianças. Leia mais aqui

Perseu Abramo, volto a repetir, pela já nem sei mais, vez, sempre atual. Leia mais aqui

E sobre a CPMI do Cachoeira, nem um espaço da largura de um fio de cabelo de sapo sobre o envolvimento de Veja e da revista Época. A primeira da Editora Abril e a segunda da Globo.

E para ocultar esse laço de afeto, entre grande imprensa e crime organizado, muitos factoides estão surgindo e surgirão, o exemplo mais recente foi a “pressão de Lula em Gilmar sobre o julgamento do suposto “mensalão” e desmentido por Nelson Jobim, a terceira pessoa do encontro a três. Ou mesmo todo esse escarcéu sobre a aliança eleitoral com o Maluf em São Paulo.

Mudanças desesperadas de foco. Pressões em instituições do Estado. O melhor exemplo é o Supremo Tribunal Federal – STF.

O caso do suposto “mensalão” será julgado às vésperas das eleições desse ano e o mensalão mineiro, que é cinco anos mais velho, não.

O pior disso é que no Supremo a grande imprensa, junto com a direita brasileira, tem um boneco chamado Gilmar como ministro.

Esta é um dos maiores disparates já cometidos contra o povo brasileiro. Gilmar Mendes como ministro do STF. Valeu FHC!

Que esse Dia da Mídia seja o último sem que ela esteja regulamentada. Que seja o último sem que de fato, todas as vozes tenham direito à expressão e espaço para isso. Que seja o último em que uma concessão pública é usada para fins privados e que a comunicação social no Brasil esteja descumprindo sua função social na plenitude.

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