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Já por várias vezes comentei aqui o quanto é
nefasto para Alagoas a nossa situação de economia uníssona. Só temos a produção
de cana-de-açúcar como indústria forte. Basta seguir de carro por nossas
estradas. Nos dois lados da pista, apenas cana.
Toda essa concentração de poder econômico e
político gerou um enorme disparate social em Alagoas. Temos os piores índices
em qualquer área, do país. Nossas relações sócio-políticas são as mesmas do
século XVIII.
Neste momento especifico voltamos a ter a unidade
do poder político com o econômico. O governador Teotônio Vilela é usineiro,
membro cativo da Cooperativa dos Usineiros, e governador do estado. Fernando
Toledo, presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas também é usineiro.
No Poder Judiciário se olharmos os sobrenomes dos
desembargadores, conta-se em uma mão quem não tem laços familiares com os
usineiros alagoanos. E sobram dedos nessa conta.
A Cooperativa é ou não é o maior partido político
de Alagoas? No Tribunal Eleitoral ela se apresenta como PSDB e DEM. Hoje, mais
PSDB, é bem verdade.
A meta de nossa “doce” elite é voltar a fechar de fato
a porteira por aqui. Por essa meta passa vencer em Maceió.
Se não obtiver êxito, em 2014 as coisas vão ficar
feias pra “turminha” do açúcar.
Arrumaram no seu baú de coisa velha e estragada uma
“casca” que, segundo eles, dá pra vender como coisa nova.
Esse é o perfil de seu candidato à prefeitura de
Maceió, Rui Palmeira.
Rui só tem de novo sua idade. Até sua entrada para
a política se deu por conta de seu pai, Guilherme Palmeira. Guilherme foi
governador e senador. Sempre pelas forças conservadoras. Primeiro pela ARENA,
partido da ditadura. Depois pelo PFL, hoje DEM e partido que era a ARENA.
Depois da rasteira que tomou dentro do PFL na
disputa para vice de FHC, foi para os bastidores.
É bancado pela Cooperativa dos Usineiros. Representa
o setor que é o centro da causa das mazelas de Alagoas.
O que tem de novo, nisso?
Jeferson Moraes, também tem o apoio da Cooperativa.
Mas ele é secundário no projeto político das usinas.
É muito mais uma cartada do Nonô para não ser jogado
pra escanteio em 2014 do que qualquer outra coisa. Além, é claro, de ajudar a
evitar uma polarização entre as candidaturas de Ronaldo e Rui.
Algo que me parece que não vai dar certo.
Rui é tão ligado à Cooperativa que até a grande imprensa
nacional o vincula dessa forma. Ele é praticamente polvilhado em açúcar. Leia mais aqui
Foi essa turma que faliu o Produban, banco
estadual. Até hoje sofremos os reflexos das passagens açucaradas dessas figuras
em nossas instituições. Aliás, sofremos pela permanência dessas figuras nas
instituições.
O PSDB vende um verdadeiro gato por lebre e o pior
é que tem gente que compra.
A nova Maceió que tanto fala Palmeira, só se em vez
de cal, passarem açúcar nos meios-fios da cidade.
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