A Federação do Comércio – Fercomércio está
realizando sabatina com os candidatos à prefeitura de Maceió. Segundo jornais,
Rui Palmeira do PSDB disse que vai valorizar o funcionalismo público. Alegou que
Téo Vilela não o faz porque as finanças do governo do estado tem, palavras minhas,
cobertor curto. (mais aqui)
Tudo que a gente faz, fazemos porque alguém nos
ensinou. Afinal ninguém nasce sabendo. Na esfera política e administrativa
soma-se a isso nossas concepções, essencialmente concepção de sociedade. Pois bem,
quem ensinou o Rui a “valorizar” o servidor? Seu pai, Guilherme Palmeira? Sua passagem
pelo Palácio dos Martírios, só não foi pior que a última de Suruagy. Suruagy
que sempre compôs o mesmo grupo de Guilherme. Braço político da Cooperativa dos
Usineiros.
R$ 2,00 (dois reais) por tonelada de cana cortada. É
isso que pagam as usinas em Alagoas. Será que é dessa valorização que Rui fala?
Ao falar do problema de finanças, será que Rui
concorda com as prioridades políticas de seu partido no governo do estado? Mais aqui
É o velho novo velho tentando vender gato por lebre. Esse
é o PSDB velho de guerra.
Sobre política
de alianças
Tenho visto como parte da tática de desqualificar a
candidatura de Ronaldo Lessa as alianças eleitorais com Renan e Collor.
Infelizmente o modus
operandi da política no Brasil é que ocasiona tais alianças, digamos, complexas.
Temos um sistema eleitoral que prioriza a
personalidade, o financiamento privado, o poder econômico e abafa o debate
programático.
As campanhas eleitorais estão cada vez mais curtas. Cada vez
mais judicializadas. “não pode isso”, “não pode aquilo” e o centro da ação do
poder econômico não é combatido.
Nossa justiça eleitoral é de uma rigidez com prazos,
mas faz vista grossa para a compra de votos. A direta, do “cinquentinha” ou a
da classe média. A troca do voto por emprego.
As outras chapas questionam o apoio de Renan e
Collor a Ronaldo, mas gostariam de tê-los em suas campanhas.
A questão é: nenhum dos dois é candidato. Nenhum dos
dois administrará Maceió. Se uma prefeitura de Ronaldo a partir do ano que vem
for boa ou ruim. A ele será atribuído o ônus ou bônus de sua passagem pela
prefeitura de Maceió.
Quando Renan andava de mãos dadas com Téo, os
tucanos não diziam um “piu” dele. Quando Collor atendia os interesses da
Cooperativa, idem. Quando foi candidato a Presidente da República, iam às ruas
com fervor para evitar “que Lula pintasse a bandeira do Brasil de vermelho”.
É a mesma ética seletiva da grande imprensa.
Já passou da hora de fazermos uma reforma política
no país. Que fortaleça os partidos e o debate programático. Que elimine o dinheiro
privado das campanhas eleitorais, nivelando a capacidade de disputa entre
chapas.
Falam de Collor na campanha de Ronaldo, mas nas
outras tem o “Biu” de Lira. Já esqueceram da “máfia das Ambulâncias” do governo
FHC? Biu era um dos envolvidos.
Em outra tem o vice-governador Nonô. Todo mundo
sabe como a Chesf "ajudou" suas eleições. Na primeira que perdeu essa "ajuda", não
se elegeu.
Em outra tem nome grande que não vota no próprio
partido. Basta ver como Heloisa Helena votou para presidente em 2010. E também
não deve votar no candidato do seu partido nessa eleição.
Tem candidatura com “institutos de assistência”. Para
deficientes físicos e de bairro. Rosinha e Galba.
Faz-me rir.
O problema é a regra do jogo que é ruim.
Aí quando se resolve jogar, vem a ladainha.
Querem na verdade, que os setores mais progressistas
fiquem de fora.
Cobram uma pseudo coerência que não existe.
Você que lê isso agora, se lembre como votou nas
últimas eleições e veja se seus votos para o executivo e o parlamento tinham
coerência. Se você votou numa candidatura para o executivo e num opositor para
o parlamento.
A candidatura em condições de disputa que incomoda
a Cooperativa dos Usineiros é a de Ronaldo Lessa. Não é a toa, de novo, o uso
da tática da inegibilidade. Essa conversa vai ficar até o último dia de
campanha do primeiro turno.
Eleger Ronaldo Lessa prefeito de Maceió, não
somente para o bem da cidade, mas pelo desaforo das classes dominantes que
insistem em “adoçar” a vida dos alagoanos.
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