quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Hipocrisia das elites e as eleições

A Federação do Comércio – Fercomércio está realizando sabatina com os candidatos à prefeitura de Maceió. Segundo jornais, Rui Palmeira do PSDB disse que vai valorizar o funcionalismo público. Alegou que Téo Vilela não o faz porque as finanças do governo do estado tem, palavras minhas, cobertor curto. (mais aqui)

Tudo que a gente faz, fazemos porque alguém nos ensinou. Afinal ninguém nasce sabendo. Na esfera política e administrativa soma-se a isso nossas concepções, essencialmente concepção de sociedade. Pois bem, quem ensinou o Rui a “valorizar” o servidor? Seu pai, Guilherme Palmeira? Sua passagem pelo Palácio dos Martírios, só não foi pior que a última de Suruagy. Suruagy que sempre compôs o mesmo grupo de Guilherme. Braço político da Cooperativa dos Usineiros.

R$ 2,00 (dois reais) por tonelada de cana cortada. É isso que pagam as usinas em Alagoas. Será que é dessa valorização que Rui fala?

Ao falar do problema de finanças, será que Rui concorda com as prioridades políticas de seu partido no governo do estado? Mais aqui

É o velho novo velho tentando vender gato por lebre. Esse é o PSDB velho de guerra.


Sobre política de alianças
Tenho visto como parte da tática de desqualificar a candidatura de Ronaldo Lessa as alianças eleitorais com Renan e Collor.

Infelizmente o modus operandi da política no Brasil é que ocasiona tais alianças, digamos, complexas.

Temos um sistema eleitoral que prioriza a personalidade, o financiamento privado, o poder econômico e abafa o debate programático.

As campanhas eleitorais estão cada vez mais curtas. Cada vez mais judicializadas. “não pode isso”, “não pode aquilo” e o centro da ação do poder econômico não é combatido.

Nossa justiça eleitoral é de uma rigidez com prazos, mas faz vista grossa para a compra de votos. A direta, do “cinquentinha” ou a da classe média. A troca do voto por emprego.

As outras chapas questionam o apoio de Renan e Collor a Ronaldo, mas gostariam de tê-los em suas campanhas.

A questão é: nenhum dos dois é candidato. Nenhum dos dois administrará Maceió. Se uma prefeitura de Ronaldo a partir do ano que vem for boa ou ruim. A ele será atribuído o ônus ou bônus de sua passagem pela prefeitura de Maceió.

Quando Renan andava de mãos dadas com Téo, os tucanos não diziam um “piu” dele. Quando Collor atendia os interesses da Cooperativa, idem. Quando foi candidato a Presidente da República, iam às ruas com fervor para evitar “que Lula pintasse a bandeira do Brasil de vermelho”.

É a mesma ética seletiva da grande imprensa.

Já passou da hora de fazermos uma reforma política no país. Que fortaleça os partidos e o debate programático. Que elimine o dinheiro privado das campanhas eleitorais, nivelando a capacidade de disputa entre chapas.

Falam de Collor na campanha de Ronaldo, mas nas outras tem o “Biu” de Lira. Já esqueceram da “máfia das Ambulâncias” do governo FHC? Biu era um dos envolvidos.

Em outra tem o vice-governador Nonô. Todo mundo sabe como a Chesf "ajudou" suas eleições. Na primeira que perdeu essa "ajuda", não se elegeu.

Em outra tem nome grande que não vota no próprio partido. Basta ver como Heloisa Helena votou para presidente em 2010. E também não deve votar no candidato do seu partido nessa eleição.

Tem candidatura com “institutos de assistência”. Para deficientes físicos e de bairro. Rosinha e Galba.

Faz-me rir.

O problema é a regra do jogo que é ruim.

Aí quando se resolve jogar, vem a ladainha.

Querem na verdade, que os setores mais progressistas fiquem de fora.

Cobram uma pseudo coerência que não existe.

Você que lê isso agora, se lembre como votou nas últimas eleições e veja se seus votos para o executivo e o parlamento tinham coerência. Se você votou numa candidatura para o executivo e num opositor para o parlamento.

A candidatura em condições de disputa que incomoda a Cooperativa dos Usineiros é a de Ronaldo Lessa. Não é a toa, de novo, o uso da tática da inegibilidade. Essa conversa vai ficar até o último dia de campanha do primeiro turno.

Eleger Ronaldo Lessa prefeito de Maceió, não somente para o bem da cidade, mas pelo desaforo das classes dominantes que insistem em “adoçar” a vida dos alagoanos.

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