domingo, 12 de agosto de 2012

O triste (?) fim da grande imprensa


Até onde pode chegar o destempero da imprensa ou de um jornalista? É bem verdade que, como diz o Mino Carta, no editorial de CartaCapital da edição nº 710, que a mídia nativa não gosta muito da verdade. Mas o que vem fazendo a grande imprensa é algo digno de doses de remédio tarja preta. Isso pra ficar na hipótese de loucura.

Vamos pegar leve (?).

Ricardo Noblat, jornalista de muitos anos, hoje nas Organizações Globo. Um dos principais defensores do PIG, com destaque para sua atuação no Twitter, afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal – STF, Dias Toffoli o teria ofendido, xingado mesmo em uma festa em Brasília. Noblat chegou até a escrever os supostos palavrões ditos por Toffoli.

Mas não é que uma testemunha desmentiu Noblat. Uma pessoa que estava na mesma festa. Trata-se do filho do ex-ministro do Supremo, Sepúlveda Pertence, o advogado Eduardo Pertence. O desmentido leia na imagem abaixo.



Outro devaneio, mas essa já sabido, nagado e ocultado a cada dia ela grande imprensa e provado e comprovado no mesmo período pela imprensa alternativa e pela blogsfera é a relação Veja Cachoeira.

A reportagem de Leandro Fortes, na edição 710 de CartaCapital* sobre como Policarpo Júnior, editor-chefe da sucursal de Veja em Brasília usava a estrutura d quadrilha de Cachoeira para realizar grampos ilegais e como o bicheiro tinha controle sobre o que seira ou não publicado é algo que deixaria até o Murdoch¹ na Inglaterra envergonhado. Reportagem cuja a ideia de título parafraseio nessa postagem.

Um verdadeiro anti-Watergate².

Mas para o bem do país e do jornalismo praticado aqui, o deputado federal pelo PT do Paraná, Dr. Rosinha irá protocolar, na próxima terça-feira, dia 14 de agosto, no plenário da CPI, o pedido de convocação para depoimento de Policarpo. Esta informação consta na mesma matéria de Leandro Fortes em CartaCapital.

Não dá mais para o país estar sujeito a desinformação causada pela grande imprensa nacional.

Na ditadura e até 2002, vivíamos num país das maravilhas. De 2003 pra cá, a grande imprensa quer fazer crer que vivemos num circo dos horrores.

Circo que quem faz é ela mesma. Ao ocultar informações, ou manipulá-las mesmo. Mudá-las de acordo com seus interesses anti-povo.

Não podemos mais engolir a invocação de santidade da grande mídia brasileira. Principalmente porque ela se comporta como folião de carnaval. E daqueles bem “podreira”, mesmo.



¹Rupert Murdoch. Inglaterra. Suas empresas, incluindo o News of the World, de propriedade da News Corporation, se utilizavam da prática ilegal de grampos telefônicos, em telefones e celulares da realeza, de celebridades e até de cidadãos comuns, para obter notícias, caracterizando crime contra a privacidade.

² Em 18 de Junho de 1972, o jornal Washington Post noticiava na primeira página o assalto do dia anterior à sede do Comitê Nacional Democrata, no Complexo Watergate, na capital dos Estados Unidos.[1] Durante a campanha eleitoral, cinco pessoas foram detidas quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata.

Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington Post, começaram a investigar o então já chamado caso Watergate. Durante muitos meses, os dois repórteres estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e o assalto ao edifício de Watergate. Eles foram informados por uma pessoa conhecida apenas por Garganta profunda (Deep Throat) que revelou que o presidente sabia das operações ilegais.

O que faz Veja é o oposto. É ela que pratica atos de espionagem ilegais. Se no caso Watergate foi a imprensa que pôs fim aos desmandos do governo Nixon, aqui é a imprensa que precisar ter os seus devaneios findados.

Um comentário:

Alexandre Salazar disse...

Esse PIG tá de brincadeira mesmo, baseiam um pedido de desculpas de Eduardo Pertence à Noblat "nelles" mesmos http://twixar.com/YYl