Estamos a
uma semana das eleições municipais. Muitos de nós, acredito que a
maioria, já se definiu por seus candidatos. O que não significa,
mecanicamente, certezas. Por mais que se acredite, se projete um
resultado, não dá pra dizer, por exemplo que suas escolhas lograrão
êxito no próximo domingo. Isso de norte a sul do país, mas em
Maceió, algumas certezas já temos.
Temos a
certeza, comprovada a cada dia, que o candidato do PSDB à prefeitura
de Maceió, Rui Palmeira é, como se diz no popular, uma “nota de
três reais”. Desde seu jingle de campanha “ele é do povo” e
“ele é trabalhador” até suas práticas políticas.
Rui é de
uma das famílias mais tradicionais de Alagoas. Seu avô e pai foram
senadores, seu pai foi governador biônico da ditadura militar. Toda
a gama de “bondades” dos Palmeira já lembrei por aqui. Falência
do Produban e coisas do tipo.
Nem que
ele quisesse seria do povo, tampouco trabalhador. Entrou na política
para seguir os “negócios” da família e garantir a
consanguinidade ao projeto de poder da Cooperativa dos Usineiros.
Rui é do
principal partido de oposição ao governos de Dilma e Lula, o PSDB.
Como disse na minha última postagem, tirando cozinhar a merenda das
escolas, visitar um posto de saúde por semana e trocar lixo por
comida na periferia de Maceió, todas as propostas são programas
federais. Pense num trabalhador preguiçoso. Afirma categoricamente
que não vai fazer nada, vai deixar que Dilma governe Maceió por
ele.
Sem falar
no estelionato eleitoral. Rui Palmeira combate o governo federal na
Câmara em Brasília. Ele é contra o Bolsa Família, contra as
reduções de IPI para automóveis e linha branca, contra o “Minha
Casa, Minha Vida”, contra a expansão de vagas nas universidades
públicas e nos institutos federais de ensino, contra a política
externa soberana que o Brasil possui desde 2003, contra as políticas
inclusivas com ações afirmativas e contra o deslocamento
socioeconômico de milhões de brasileiros para a classe média e
saídos da miséria absoluta.
É isso
que ele combate como deputado federal.
E porquê
aqui só fala em programa do governo Dilma?
Rui não
passa de uma “nota de três reais”.
Uma
certeza temos até agora nessa campanha, que o governo Dilma é bom. Se
não fosse a oposição não faria campanha tentando se vincular a
ele.
Em março
de 2009, o Jornal Extra Alagoas, lançou na internet um vídeo onde
aparece Marcelo Palmeira, candidato a vice de Rui Palmeira e enteado
do senador Benedito de Lira, comprando testemunhas num caso sobre
compra de votos na eleição de 2008 à Câmara de Maceió. O vice do
“cara bom” querendo a todo custo assumir uma vaga no parlamento
municipal.
A
campanha de Ronaldo Lessa editou e colocou as partes onde o negócio
é fechado no ar em seu guia eleitoral.
Mas o
cara não era bom?
Mas Rui
não somente anda com quem é bom e que aprendeu com a família a
fazer política, respeitando as pessoas?
Comprar
gente é o mesmo que respeitar?
Bom ele
não é. Mas acho que aprendeu com a família a fazer política.
Um comentário:
Uma vez perguntei ao ilustre deputado qual a sua posição em relação ao projeto de Lei que regulamenta a jornada de trabalho da Enfermagem em 30 horas semanais e o mesmo desconversou dizendo que precisava analisar o projeto que não o conhecia (detalhe: o projeto está emperrado no congresso desde 1999).
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