segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A direita 'não é bem assim'

Garcia fala em democracia todos os dias na TV. "Não é bem assim"
“Não é bem assim”, é essa a linha dos discursos que temos visto na direita brasileira ultimamente. Podemos citar as eleições municipais que, em algumas cidades acontecem a disputa do segundo turno, em outras já acabaram e candidatos da oposição faziam discursos como se fosse da base. Da base não, do PT mesmo. Situações é que não faltam.

Temos o “não é bem assim” de Serra sobre o “kit gay” - termo pejorativo sobre cartilhas impressas e eletrônicas sobre a homofobia – a Folha de São Paulo divulgou que o governo Serra (estado) em 2009 distribuiu material semelhante ao elaborado pelo MEC no período em que Haddad era o ministro. Cai por terra parte do discurso odioso do tucano com o auxílio de Silas Malafaia que disse que a semelhança entre os materiais não existe.

Segundo Serra, o do governo de São Paulo era somente para professores e abrangia outros preconceitos. É a mesma postura de suas promessas em cumprir mandatos. Com documento assinado em cartório e tudo. Ou sua tentativa de se igualar a Lula no início da campanha de 2010. “Não é bem assim”.


Já a coisa feita em papel couché chamada de Veja outrora só fazia brincar de diminuir a capacidade de Joaquim Barbosa e agora depois que começou a condenar todo mundo de qualquer jeito mesmo sem provas, virou herói. Ou o Demóstenes que era o “mosqueteiro da ética”, após revelado seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, virou bandido. “Não é bem assim”.

Mudança radical sobre a capacidade do ministro do STF


Ou mesmo seu editor chefe na sucursal de Brasília, Policarpo Júnior ou somente Poli, como chamava carinhosamente o bicheiro. Que coisa, dele Veja não cobra respostas sobre nada. Afinal, “Não é bem assim”.

Sem falar nos grampos sem áudio, entrevistas sem fita ou mesmo as ridículas capas publicadas ultimamente. Sempre maquiando aos fatos com meio argumentos ou versões como acontecimentos. “Não é bem assim”.

O ACM Neto em Salvador, sempre ferrenho opositor das cotas. Agora nas eleições: “Não é bem assim”.

Aqui em Alagoas, em 2006 Téo Vilela e o PSDB eram só elogios ao governo de Ronaldo Lessa. Em 2010 eram só elogios à gestão de Cícero Almeida na prefeitura da capital. Logo após assumir o governo em 2006, Vilela lançou o decreto 3555/07 que retirou todas as conquistas do período anterior, provocando uma greve geral no Estado e tratou de desconstruir a imagem pública de Lessa. “Não é bem assim”.

Agora quem parece seguir pelo mesmo caminho é o prefeito eleito de Maceió, Rui Palmeira, também do PSDB. Com falas no período de transição no mesmo tom de Vilela na sua transição em 2006, repletas de elogios à prefeitura, depois de ataques diários no guia eleitoral, com “situação fiscal menos complicada que o Estado”. Sem falar que tudo que garante realizar são programas federais e Rui é oposição ao governo federal na Câmara. “Não é bem assim”.

Será que vai manter a promessa de cozinhar merenda nas escolas e troca lixo por comida na periferia da cidade? Ou teremos um “Não é bem assim”?

Exercício de futurologia: Cícero Almeida será o próximo a ter a imagem destruída pelo PSDB / Cooperativa dos Usineiros. Está tudo muito igual ao que aconteceu com Ronaldo Lessa. Apoiou os tucanos em 2010 e um tucano sucede seu governo. Não sei não, mas acho que estão preparando um “Não é bem assim” para cima do Almeida.

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