A cada fato nesta eleição, é esta a única certeza que se tem |
Tive
muitas dúvidas sem publicava esse artigo hoje, véspera das eleições
municipais, ou segunda ou terça-feira, após o pleito. Elas
decorreram do fato de que antes, ainda no calor da disputa, meu texto
pudesse ser mal interpretado ou depois, talvez, dependendo dos
resultados, reclamação de perdedor.
Como
apenas sou responsável pelo que escrevo e não pelo que as pessoas
entendem – o que não significa que não me esforce ao máximo para
ser o mais claro que posso – resolvi publicá-lo hoje mesmo. Se não o fizesse, não seria eu. Tenho posição e sempre a demonstro.
Quem vem
acompanhando o blog, sabe dos meus posicionamentos sobre a tática
das elites açucaradas para manter sob seu controle o aparato de
Estado em Alagoas. Já lá no começo dessa disputa eleitoral acusava
o método de disputa.
Nossa
“doce” elite, desde 2006 usa o mesmo método: desgaste midiático
e ações judiciais. Seja na Justiça comum ou eleitoral, tanto faz.
Não se acanham nem com as denúncias ou ações requentadas.
Esta
sempre foi a tática da direita. Sempre e sempre o discurso do “mar
de lama”.
Na última
eleição, em 2010, conseguiram manter o golpe até “aos 45 do
segundo tempo”. Lessa, adversário de Téo Vilela, teve sua
candidatura deferida no último prazo do TSE. Àquela altura tivemos
segundo turno.
Vale
ressaltar que o motivo da impugnação da candidatura neste pleito se
deve a uma multa eleitoral da eleição que foi paga. Por conta de
recursos judiciais, paga com certeza demora, é verdade, mas paga.
Infelizmente a Justiça eleitoral se preocupa mais com prazos do que
com compra de votos, por exemplo.
A
coligação “Maceió Cada Vez Melhor”, trocou Lessa por Jurandir
Bóia e Mosart (por desistência de participação na chapa
majoritária do PMDB), por Ronaldo Medeiros, deputado estadual pelo
PT. Bóia já foi deputado federal e é um quadros histórico da
esquerda alagoana, mas é verdade, teve a maioria de sua atuação
nos bastidores da política.
Nas
eleições de 2012 em Maceió, em confirmando as pesquisas aqui
divulgadas – nas quais não acredito e aqui também já expus o
porquê – Rui Palmeira vence no primeiro turno.
Vence?
Vence ou
lhe entregam uma prefeitura sem disputa eleitoral?
Assim
como seu pai, Rui assumirá – em caso de vitória – a prefeitura
de forma biônica. Tal pai, tal filho.
Não dá
pra dizer que esta disputa eleitoral em Maceió ocorreu como manda o
rito democrático.
Tentam (ram) impor um W.O. pro Rui.
Nem sequer no único debate organizado na televisão, houveram perguntas entre os dois. E não existe essa de sorteio. A emissora tinha que fazer com que todos os candidatos se perguntassem entre si. "Coincidentemente, a TV realizou o debate é do pai do Rui Palmeira, Guilherme.
Podem até
dizer que se errou taticamente em lançar Ronaldo por já – segundo
alguns – esperar esse tipo de coisa.
Mesmo
assim, deram a prefeitura ao Rui. Foi isso que a nossa “doce”
elite fez, deu a ele.
Como um
brinquedo que se dá a uma criança. Criança riquinha e mimada,
diga-se de passagem.
Algo que
também impressiona é que, independente das posições
político-partidárias, é gente (jovem) vibrando com as coisas que
aconteciam. É esse um dos objetivos de se criminalizar a política,
destruir, inclusive, algo que se conquistou no Brasil a duras penas
que é a democracia.
Fora a
confusão mental de se confundir novidade na política com pouca
idade de candidatos. Rui, apesar de novo em idade, representa o que
se tem de mais velho na política brasileira.
Agora
vamos esperar o resultado de amanhã. Às vezes, surpresas acontecem.
Não seria a primeira vez.
Não por
ser o mesmo candidato, mas por se exageradamente emblemático. Em
1992, na eleições munais daquele ano, Ronaldo Lessa não saia dos
10% nas pesquisas de intenção de votos. Era, inclusive, chamado de
candidato garçom. Lessa foi ao segundo turno e venceu as eleições
daquele ano.
Outros
exemplos existem aos milhares. Em Alagoas e outros estados do país.
Vamos
esperar o que as urnas nos reservam para amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário