Por
volta das 18h30min do dia 20 de dezembro, aconteceu uma explosão no depósito de
armas da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil do
estado de Alagoas, situado no centro da cidade de Maceió. Informações dão conta
de que havia em torno de 60 kg de explosivos no local.
Três
pessoas ficaram feridas e houve uma vítima fatal. Sindicato dos Policiais Civis
de Alagoas (Sindpol), Amélia Dantas. Em nota, o Sindpol acusou o governo do
estado de descaso com as condições de trabalho dos policiais civis.
Segundo
a Norma Regulamentadora nº 19, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do
Ministério do Trabalho, em consonância com o Regulamento para fiscalização de
produtos controlados do Exército brasileiro (R105), “deve-se situar os
depósitos nos lugares mais isolados disponíveis, separados um do outro, e de
estradas de ferro, rodovias, edifícios habitados”.
O
governador afirmou pelo seu perfil no Twitter que todas as medidas para
averiguar as causas da explosão serão tomadas.
A
primeira causa que deveria ter sido tomada era a localização do paiol da Deic. No
centro da cidade, com faculdades, comércio e residências próximas. As normas de
segurança relativas à distância de lugares com pessoas existem por algum
motivo.
Mesmo
que todas as outras sobre as condições do local, como umidade, clima, instalações
elétricas ou o depósito de detonadores não estar no mesmo local dos explosivos
estivessem sendo cumpridas, a da distância, que é a principal por causa da
população, não estava.
Em uma rua vizinha à Deic, pessoas tentavam retomar suas vidas após o susto. Várias casas
tiveram vidros quebrados e até telhados foram destruídos. O lixo tomou conta e algumas
famílias estavam se retirando de suas casas até que as coisas se normalizassem.
Que
belo fim de ano o Estado alagoano ofereceu a essas famílias, não é mesmo?
O
professor universitário Moezio Vasconcellos, disse que a explosão aconteceu
quando ele estava chegando à sua casa. “Minha irmã me ligou desesperada,
contando que a casa tremia”. “Por sorte aqui só tivemos dois vidros quebrados,
mas a casa da esquina, até o telhado se soltou”, comenta.
O
advogado Raoni Gama, afirmou que além das indenizações por danos materiais, os
moradores que sofreram os efeitos da explosão também devem pedir danos morais,
apesar de reconhecer que esse tipo de ação depende “da cabeça do juiz”.
“O
moral tem a ver com subjetivismo. Tem que atingir a personalidade da pessoa. O
dano precisa abalar emocionalmente de tal modo que só reste a indenização como
forma de tentar a remediação”. Mas como se mensura isso? “Não se mensura”,
respondeu.
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