A TV
Globo exibiu o filme “Lula, o filho do Brasil” no dia dois de
janeiro. Ela está exibindo filmes nacionais durante todo o mês.
Chamou a atenção o fato da “poderosa”, oposicionista e franco
atiradora contra o ex-presidente. E como tudo que envolve Lula, a
exibição do filme sobre parte de sua vida gerou polêmica.
Longe de
ser um filme excepcional, “Lula, o filho do Brasil”, mostra como
o menino saído em um pau de arara de Pernambuco para São Paulo se
tornou líder sindical. No filme não há menções à CUT nem ao PT.
Os cinemas brasileiros boicotaram a película. A oposição acusou o
filme de ser propagandista. Como se esse filme fosse o primeiro no
planeta a ser feito sobre pessoas públicas.
Nas redes
sociais não faltaram as já, e infelizmente, tradicionais
manifestações de preconceito contra o ex-metalúrgico e o PT.
Imaginem se o filme fosse realmente bom.
Esse será
o ano de alimentar todos os preconceitos. Não temos eleições,
portanto não temos horário eleitoral e nem as regras de
proporcionalidade de tempo de exibição e direito de resposta
particulares a períodos de campanhas eleitorais.
Também
os ataques não serão apenas sobre Lula. Já começaram abater em
Genoíno. Todos sabiam que ele assumiria o mandato de deputado
federal, como determina a Constituição do país. Mas a hipocrisia
dos adversários dos governos Lula e Dilma e do PT não dão a mínima
para o estado democrático de direito.
A Ação
Penal 470 ainda não está em transitado em julgado, tampouco o
acórdão foi publicado por ainda haver possibilidade de recursos.
Toda essa
ira seletiva não se aplica a outros parlamentares já condenados
pelo STF e que cumprem seus mandatos plenamente, conforme as regras
do Estado brasileiro.
Até o
momento é isto que resta à oposição no Brasil: ira seletiva,
moralismo meia boca e sempre a “grande mídia” ecoando ilações
como fatos consumados.
Sobre o
desvio de R$ 33 milhões do Incra no governo FHC no qual a esposa do
Ricardo Noblat de O Globo está envolvida não há uma única nota de rodapé em
lugar algum nos veículos dos barões da mídia. A acusação sobre
Aécio Neves de desviar bilhões de reais em Minas, muito menos.
Notícias sobre o apartamento luxuoso de FHC em Paris, é como se diz
em Alagoas, pé de cobra: quem vê, morre.
Humoristas
(?) como Marcelo Tas e Danilo Gentili destilam ódio ao PT e a
esquerda a todo momento no Twitter. Chegam a bater boca com usuários
da rede social. Róger, vocalista da banda Ultraje a Rigor, não fica
atrás. Num país onde o Big Brother Brasil chega a sua 13ª edição,
o que esperar de expoente da mídia?
Obviamente
que há exceções. E não necessariamente apoiadores dos governos
Lula e Dilma. Mas são “artistas” como esses que aumentam a
densidade e velocidade da proliferação dos preconceitos e da hipocrisia voltadas a
Lula, ao PT e à esquerda em geral.
Não a
toa existem pessoas jurando que na ditadura (civil) militar não
havia corrupção.
Os
saudosos da nobreza imperial não suportam o fato de que o torneiro
mecânico é o maior presidente que o Brasil já teve. E sem falar
inglês, nem baixar a cabeça para presidente de nenhum outro país.
Os
primeiros dias do ano são uma boa amostra de como serão os outros
360. De luta intensa e muito golpe baixo.
Um comentário:
Comentar o que? É nota dez pro amigo e ponto final. Sou muito novo e pouco experiente para fazer avaliações mas para mim seu texto claro e enxuto, diria até didático, conseguiu uma imagem panorâmica bastante nítida do que se passa nesse momento de desespero e ódio na "casa grande" e a probabilidade de um ano novo perigoso. Parabéns!
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