Depois
de divulgar, em 2012, uma charge em que o líder israelense Benjamin Netanyahu espreme
uma criança palestina morta e dela caem votos em uma urna, A ONG israelense
“Centro de Defesa dos Direitos Humanos Simón Wiesenthal” classificou o cartunista
brasileiro Carlos Latuff como a terceira pessoa ou organização mais antissemita
do mundo.
Segundo
a lista da ONG, Latuff só é menos antissemita que o presidente do Irã, Mahmoud
Ahmadinejad e que partidos da extrema direita da Ucrânia e da Grécia. A ONG tem
sede nos Estados Unidos.
O
discurso comum das elites ocidentais é de que Israel é vítima do mal palestino.
Afinal, os judeus são os donos de boa parte da riqueza do Ocidente.
Também
não é correto afirmar que todo judeu apoia a política da guerra do Estado de Israel.
Ao contrário, é crescente as manifestações contrárias ao genocídio dos
palestinos.
Apesar
do avanço do reconhecimento do Estado Palestino e a permissão de participação
de espaços da Organização das Nações Unidas (ONU), pouco se faz para acabar com
a sangria que Israel promove na região.
Alguns
argumentam que os palestinos têm homens-bomba e que matam civis israelenses. De
fato. Lá se vive uma guerra intensificada com a criação do Estado de Israel e
sua política de grilagem territorial. Gráficos mostram como Israel cresce seu
território em detrimento dos povos árabes da região.
Também
não se mata formiga com bazuca. Quem tem o poder econômico ao seu lado e a
permissividade nessa guerra é Israel. Quem tem mais condições de pôr fim a ela
é Israel.
Obviamente
que isso iria de encontro aos interesses da indústria bélica. Indústria, aliás,
com força significativa nos EUA.
Lattuf
há anos condena a guerra com suas charges. Há anos que ele condena a política
belicista israelense. Mas em nenhum momento ele faz menções à questão religiosa
ou étnica.
Acusá-lo
de antissemita é, no mínimo, ridículo. Antissemita é quem patrocina as
barbáries que lá acontecem. Alimentando o ódio a Israel e ao povo judeu.
Netanyahu
é antissemita, não o Latuff.
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