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O
governo federal anunciou o reajuste do preço da gasolina em 6,6% nas refinarias
e 4,4% nas bombas dos postos. Logo começou uma guerra de informação e contra informação
nas redes sociais motivada pela boataria da “grande imprensa” para tentar
desqualificar a redução da tarifa de energia elétrica.
Sob
o argumento direto ou indireto de que a redução foi para compensar o aumento do
preço do combustível, a “grande mídia” mais uma vez conseguiu inflar setores da
classe média, sempre ela, contra o governo por aumentar o preço da gasolina e
tornar 4% mais caro andar de carro.
Obviamente
que o reajuste do preço do combustível não é sentido apenas por quem possui automóvel.
Como produtos precisam ser transportados e máquinas em fábricas precisam de
gasolina e derivados para funcionar nas fábricas, a variação do preço deve ser repassada
em vários produtos.
Mas
nem de longe todo o alarde provocado merece ser levado a sério.
Primeiro
que a gasolina mesmo fazendo parte da cadeia produtiva e na logística de
transporte de mercadorias e de massa, ela não é a maior parte dos custos. Portanto
os 4,4% de reajuste quando inclusos junto aos outros itens não altera quase
nada.
Segundo
que este é o primeiro reajuste para cima nas refinarias em quatro anos e em
2009 o reajuste foi negativo, ou seja, o preço da gasolina baixou.
Entre
as ladainhas dos alarmistas de ocasião está que o Brasil não é autossuficiente em
petróleo devido ao fato de importarmos petróleo. Também questionam o preço da
gasolina por aqui ser maior do que em países que nem produzem o óleo.
Importamos
petróleo por causa do tipo de óleo que produzimos. Existem dois tipos: leve e
pesado. Nossa produção é em sua maioria pesado o que não é o melhor para fazer
gasolina e sim asfalto e combustível de máquinas. Mas dá para fazer gasolina
desse tipo, só que sai mais caro. Importamos o tipo leve, que são apenas 6% de nossa
produção. Essa relação de importação e exportação está mais para uma troca com
mercados externos. Sim, nós também exportamos petróleo.
Nossa
produção supre perfeitamente nossa demanda. Além do mais também temos o Etanol.
Combustível feito de cana-de-açúcar e milho. No Brasil a predominância é da
cana. Nossa gasolina contém um percentual de etanol variando em torno de 30%. Não
temos dependência total da gasolina.
Se
considerarmos que o aumento do preço da gasolina vai ser usado em sua
totalidade nos preços de outros produtos e serviços – o que seria uma excrescência
– a variação dos preços seria mínima. Estamos falando de 4,4% e não 40%!
O
salário mínimo no Brasil foi reajustado em 239% nos últimos dez anos para uma
inflação, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em torno de
99%. O ganho real no período foi de 140%.
Mas
de todos os argumentos, há um que não permite que nenhuma tese alarmista se
sobressaia. Não tem rebolo argumentativo que derrube.
O
reajuste de 4,4% é abaixo da inflação, bocó!
3 comentários:
lavou a alma esse texto
já mandei para um bocó
Excelente e tem mais:
Stanley Burburinho @stanleyburburin
Gasolina com FHC: 1998 = R$ 0,85 | 2002 = R$ 2,25 = 170% em 5 anos || Gasolina com Lula: 2003 = R$ 2,25 | 2009 = R$ 2,50 = 11% em 6 anos.
http://sphotos-e.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/c0.0.403.403/p403x403/386980_466113123437741_900181623_n.jpg
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Helder
Salve, Cadu ! Excelente post esta imprensa golpista, e´uma fatalidade, como diz o prefeito de Santa Maria, RS, sobre a tragédia. Parabéns Cadu
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