quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dia do Trabalhador da unidade


Já está virando rotina. Desde 2004 – um ano após o início do governo Lula – que o último primeiro de maio é o melhor que tivemos. Nesse de 2013, temos o menor índice de desemprego de nossa história. Nunca o salário mínimo esteve tão valorizado. Sua valorização é de 70% no seu poder de compra. Noventa e cinco por cento das categorias profissionais tem conseguido reajustes acima da inflação. Ou seja, ganho real.

Enquanto o país, mesmo tendo ainda muito por fazer e conquistar, trilha um caminho da diminuição das desigualdades, Alagoas anda para trás. Milhões e milhões são investidos na terra de Graciliano Ramos, mas o governo do estado – tucano e açucareiro de Téo Vilela (PSDB) – não consegue obter resultados satisfatórios. E por conta da situação deprimente que se encontra o 1º de maio em Maceió foi de unidade. Todas as centrais sindicais organizaram o mesmo ato do dia do trabalhador (e não trabalho!).

Cerca de 2500 pessoas estiveram na orla da capital alagoana para afirmar sua indignação com o atual estado das coisas. Ainda em 2013 se tem escolas que não começaram o ano letivo de 2012. No governo tucano de Téo Vilela já ocorreram 15 mil homicídios. O serviço de abastecimento de água está sendo privatizado.


Peter Brabeck, presidente da Nestlé, iria adorar morar no agreste alagoano. Esse acinte ao povo começa pelo abastecimento dessa região do estado de Alagoas.

Os médicos em Alagoas vivem em greve e demissões são ameaças constantes. Seja por parte do governo como forma de tentar domar a categoria, seja os prórpios profissionais que já não suportam as condições de trabalho com as quais convivem. Sem falar nas pessoas morrendo nos corredores dos hospitais públicos. Quem consegue conviver com isso? 

Na cultura então, não tem ação nem para inglês ver. Grupos culturais que não se alinham ao governo estadual não recebem nem cafezinho da secretaria de cultura. Duzentos milhões de reais do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECOEP) sumiram. Isso mesmo, sumiram. Boa parte da imprensa local também faz ouvidos moucos sobre essa denúncia. Viva os gastos com publicidade!

O deputado estadual Judson Cabral (PT) já cobrou publicamente e no plenário da Assembleia Legislativa, mas parece que se reclama ao vento. Teotônio Vilela Filho finge que não é com ele. O Téo não está nem aí, literalmente.

Por isso os movimentos sociais em Alagoas, do campo e da cidade, organizam a Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas. Três atos de rua já foram realizados em Maceió – e alguns no interior – e mais outros tantos estão para se materializar. Parece que Alagoas não faz parte do Brasil.

Não fosse pela políticas do governo federal Alagoas seria hoje um grande estacionamento no litoral nordestino. E olhe que muito dos recursos vem e voltam. Voltam por não haver projetos qualificados para sua execução. R$ 10 milhões estavam depositados na conta do estado para ajudar no combate aos efeitos da seca no sertão, mas voltaram para Brasília por inoperância.

O Dia do Trabalhador em 2013 pode significar um marco da unidade dos trabalhadores em Alagoas. Se há algo que una a classe trabalhadora alagoana é a necessidade de livrar o estado dos governos da “doce” elite local.

Via o 1º de maio. Viva o Dia do trabalhador!

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