A
autoproclamada “grande imprensa” está caindo pelas tabelas. O
Estado de São Paulo, Estadão, andou demitindo jornalistas e
anunciou diminuição no número de páginas em seu impresso diário.
A Folha, já em 2011, demitiu quarenta. Agora foi a vez da editoral
Abril de Veja. Foi anunciada uma redução de mais de 65% de seu
lucro. O que segura a onda são as publicações infantis.
Isso é o
efeito do péssimo jornalismo praticado por esses veículos. Se não
por questões morais ou ideológicas, fazer bom jornalismo é
essencial para a sobrevivência no ramo. Mas eles preferiram – como
sempre fizeram – o falseamento da realidade. Junte isso ao
crescimento da internet onde é mais barato publicar notícias e onde
a pluralidade é maior e a disputa dos corações e mentes de
leitores mais equilibrada.
A
“poderosa” tem sua audiência caindo vertiginosamente, mas ainda
se segura por causa do oceano de recursos públicos em publicidade
que recebe. São as pessoas que não mais leem ou assistem o conteúdo
da imprensa da ditadura. Então por quê continuar com a divisão
injusta da publicidade estatal?
Outro
fator que ainda faz com que a “grande imprensa” mantenha sua
empáfia de divindade é o monopólio que detém e a sua atuação em
oligopólio. Ou seria um partido?
Ao
contrário do que muita gente adoradora dessa imprensa “leite com
pera”, é a pluralidade que mantém as empresas de comunicação
ativas, mesmo que não como um império midiático. Vários veículo
atuando exercem certa vigilância na prática jornalística, ajudando
a manter uma qualidade e posturas mínimas do que deve ser
jornalismo.
E não se
trata aqui de jornalismo de esquerda ou de direita, por mais que
fosse benéfico que os meio não vendessem o falso produto da
imparcialidade. É mais honesto assumir que tem lado ou coloração
ideológica. Dando aos leitores a real possibilidade de escolher a
concepção de sociedade que querem ler.
A
Inglaterra é um bom exemplo disso. Lá os jornais assumem sua cor.
Se são de direita, afirmam sua posição; se são de esquerda ou de
centro também.
Ainda há
pessoas que indagam o fato de existir os felicianos da vida em
espaços políticos, por exemplo. Ele é reflexo da falta de debates
sérios sobre questões importantes para o desenvolvimento do país,
sobre o comportamento do Estado brasileiro e da partidarização –
no sentido de atuação em grupo, oligopólio mesmo – da “grande
mídia”.
Joseph
Pulitzer, jornalista e editor húngaro e radicado nos Estados Unidos,
que empresta seu nome àquele que talvez seja o prêmio mais
importante do jornalismo afirmou que “Com o tempo, uma imprensa
cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão
vil como ela mesma”.
A
realidade vivida pelos órgãos da “grande imprensa” é fruto de
sua própria ação. Há tempos que caem pelas tabelas, seja na
qualidade do produto que oferecem, seja na disputa da sociedade.
Mesmo que ainda detenham a hegemonia dessa.
Um comentário:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/a-ditadura-da-rede-globo-um-poder-que-cresce-a-cada-ano.html
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