Enquanto
o PT anunciava conquistas do povo brasileiro na última década, como (pleno) emprego
e renda em seu programa partidário no rádio e na tevê, o editorial de O Globo
da família Marinho Castelo Branco Costa e Silva Médici Geisel Figueiredo
defende a geração de desemprego. Obviamente que é o desemprego dos mais pobres,
senão eles mesmos abririam mão de suas, nada modestas, empresas.
É
essa a agenda da direita no Brasil: desemprego, concentração de renda, juros
elevados, elitização da sociedade, juros elevadíssimos para especulação fazer a
farra no país e quando as coisas começam a fugir do seu controle a ponto de
lhes tirar o sono, um golpezinho em nome da democracia para dar aquele freio de
arrumação. Ora, essa foi a manchete de O Globo em 02 de abril de 1964. “Ressurge
a democracia” para ser mais preciso.
“Porém,
num quadro de quase pleno emprego, o crescimento dos salários acima da
produtividade deprime a indústria”, lamenta o filho do Roberto Marinho chamado
João. Será que deprime mesmo? Então por que os donos das indústrias não reduzem sua
margem de lucro para manter os salários dos trabalhadores? Não estão tão
preocupados com o Brasil?
Sempre
que o setor privado é chamado a investir de verdade no país ele não o faz. Só se
mete nisso se for para ganhar dinheiro público para ele fazer outras coisas. E lucro
para ontem! Mas é importante ressaltar que isso é parte de nossa cultura. Somos imediatistas. Quase todas
as nações jovens são.
O
bom da proximidade da eleição é que fica mais claro quem é quem. Que agendas propõem
e como joga o jogo e para quem joga. Em nada em que a direita fala ou escreve
se encontram as palavras como povo e gente. E emprego só quando querem pedir
que se torne coisa rara no Brasil.
Até
torcida contra Roberto Azevêdo na Organização Mundial do Comércio (OMC) teve.
Miriam Leitão – aquela que não acerta uma – lamentou a vitória do brasileiro
por ele não atender os interesses dos países ricos. Que coisa. Mais valem os
interesses do Tio Sam e da Europa do que os nossos e dos emergentes. Os emergentes
são aqueles que, como a maioria do povo brasileiro, querem um lugar ao sol.
A
Danuza Leão já chorou as pitangas publicamente. Lamentou que viajar para Nova
Iorque e Paris não é mais chique pelo fato de seu porteiro também poder fazer
isso.
Entendeu
por que a direita brasileira defende desemprego? Percebeu a diferença?
Um comentário:
A médio prazo, os líderes de esquerda da América Latina terão que escolher: socialimo ou barbárie. As elites do Continente não estão preocupadas com seus países, e sim com seus lucros.
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