sexta-feira, 10 de maio de 2013

Programa do PT e editorial de O Globo: quem é quem



Enquanto o PT anunciava conquistas do povo brasileiro na última década, como (pleno) emprego e renda em seu programa partidário no rádio e na tevê, o editorial de O Globo da família Marinho Castelo Branco Costa e Silva Médici Geisel Figueiredo defende a geração de desemprego. Obviamente que é o desemprego dos mais pobres, senão eles mesmos abririam mão de suas, nada modestas, empresas.

É essa a agenda da direita no Brasil: desemprego, concentração de renda, juros elevados, elitização da sociedade, juros elevadíssimos para especulação fazer a farra no país e quando as coisas começam a fugir do seu controle a ponto de lhes tirar o sono, um golpezinho em nome da democracia para dar aquele freio de arrumação. Ora, essa foi a manchete de O Globo em 02 de abril de 1964. “Ressurge a democracia” para ser mais preciso.

“Porém, num quadro de quase pleno emprego, o crescimento dos salários acima da produtividade deprime a indústria”, lamenta o filho do Roberto Marinho chamado João. Será que deprime mesmo? Então por que os donos das indústrias não reduzem sua margem de lucro para manter os salários dos trabalhadores? Não estão tão preocupados com o Brasil?

Sempre que o setor privado é chamado a investir de verdade no país ele não o faz. Só se mete nisso se for para ganhar dinheiro público para ele fazer outras coisas. E lucro para ontem! Mas é importante ressaltar que isso é parte de nossa cultura. Somos imediatistas. Quase todas as nações jovens são.

O bom da proximidade da eleição é que fica mais claro quem é quem. Que agendas propõem e como joga o jogo e para quem joga. Em nada em que a direita fala ou escreve se encontram as palavras como povo e gente. E emprego só quando querem pedir que se torne coisa rara no Brasil.

Até torcida contra Roberto Azevêdo na Organização Mundial do Comércio (OMC) teve. Miriam Leitão – aquela que não acerta uma – lamentou a vitória do brasileiro por ele não atender os interesses dos países ricos. Que coisa. Mais valem os interesses do Tio Sam e da Europa do que os nossos e dos emergentes. Os emergentes são aqueles que, como a maioria do povo brasileiro, querem um lugar ao sol.

A Danuza Leão já chorou as pitangas publicamente. Lamentou que viajar para Nova Iorque e Paris não é mais chique pelo fato de seu porteiro também poder fazer isso.

Entendeu por que a direita brasileira defende desemprego? Percebeu a diferença?



Um comentário:

RLocatelli Digital disse...

A médio prazo, os líderes de esquerda da América Latina terão que escolher: socialimo ou barbárie. As elites do Continente não estão preocupadas com seus países, e sim com seus lucros.