Setores
da direita brasileira tentam organizar marchas contra o governo federal e o PT
no próximo dia sete de setembro. É o que revela a reportagem de André Barrocal
na edição n° 762 de CartaCapital. Segundo ele, boa parte da mobilização para a
marcha conservadora vem de uma ONG (?) chamada Brazil No Corrupt – Mãos Limpas (assim mesmo com Z) e ela tem
ligações com a família Bolsonaro, Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara dos
Deputados e com o PSDB do Paraná.
Para
quem não se lembra, Bolsonaro é aquele deputado federal do Partido Progressista
(PP) que não gosta de negros, índios, nordestinos e gays, acha que as mulheres
devem ficar nos tanques de lavar roupa, diz que o período mais democrático do
país foi entre 1964 e 1985 e é fiel defensor das besteiras de Marcos Feliciano
(PSC) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
A
ONG Brazil No Corrupt – Mãos Limpas é dirigida por dois bacharéis em Direito, Ricardo
e Fábio Pinto da Fonseca. Ambos fazem campanha nas redes sociais com o slogan “Operação
Sete de Setembro”. O principal replicador da campanha é Flávio Bolsonaro, filho
do Jair, deputado federal, cujas características foram citadas no parágrafo acima.
O
elo com o PSDB do Paraná não é de baixa plumagem. Ari Cristiano Nogueira é
ligado ao presidente da Assembleia Legislativa daquele estado, deputado Valdir
Rossoni. Foi ele quem espalhou o boato de que uma beneficiária do programa
Bolsa Família teria doado 510 reais para a campanha de Dilma em 2010. Ari foi
alvo de investigação do Ministério Público paranaense sobre funcionários
fantasmas. A lista passava dos mil nomes e o dele estava entre eles.
Já
Rossoni é acusado de receber “benefícios” das empresas que venceram as
licitações das estradas privatizadas do Paraná. Uma CPI já foi instalada no
parlamento local.
Não
é raro vermos esses tipos de campanha, como também não vermos gente replicando
isso sem ter a menor noção da origem da mensagem. Informações são jogadas no
Facebook e no Twitter sem que as pessoas se deem ao trabalho mínimo de
checá-las, nem mesmo no Google.
O
fato de se estar sob a proteção de uma tela faz com que muita gente solte o
verbo e tire sua máscara de “moderno” ou tolerante. Expõem todo o seu
conservadorismo e falam coisas que jamais falariam pessoalmente. Se tem uma
coisa boa na polarização política que vive o país é que elas, as máscaras,
estão caindo. A direita, após o golpe de 1964, sempre teve vergonha de se
afirmar como tal no Brasil. Isso parece estar mudando e requer um debate mais
ideologizado, sem pseudo neutralidades, tão típicas de nossa mídia.
Sempre
nos feriados de sete de setembro acontecem marchar dos movimentos sociais. O Grito
dos Excluídos, como é chamado, reúne os setores organizados do campo e da
cidade cobrando que de fato nosso povo seja independente. Geralmente, o Grito
sai às ruas logo em seguida aos desfiles oficiais. Mas em nada ele tem de
conservador, ao contrário vem reclamar ao Estado brasileiro políticas que
melhorem a vida do povo e garantam mais igualdade entre os brasileiros.
Quem
realmente se importa com a coletividade e com o nosso povo como um todo
participa desse ato e não da coisa organizada pela direita esquizofrênica e golpista
que tenta transformar o sete de setembro em fora Dilma.
5 comentários:
" Já Rossoni é acusado de receber “benefícios” das empresas que venceram as licitações das estradas privatizadas do Paraná. Uma CPI já foi instalada no parlamento local."
VALDIR rossoni é aquele sujeito que, embaixo de holofotes, abriu mão de seus honorários como político... ai... comovente ato...
quem precisa dessa mixaria, né mesmo?
Estão se vendendo ao estrangeiro, aos gringos, de novo...
O povo paranaense precisa aprender muito sobre política. É incrível o analfabetismo político no PR.
Concordo contigo Fabi. Sou paranaense,moro no Paraná e até hoje não consegui entender o Beto Richa ter sido eleito governador... e o pior é q tem gente q mesmo com o Desgoverno dele ainda o defende.
Só o puro suco do atraso brasileiros.
E tem panaquinha de máscara que vai engrossar essa passeata do atraso...
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Helder
Alguém avisa ao Serviço de "inteligência" brasileiro o que os sem nenhuma inteligência, e muito preconceito, querem fazer!
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