Marina
Silva não conseguiu ter o registro de seu partido – ou seria antipartido? –
aprovado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por seis votos a um, a corte
eleitoral entendeu que as exigências para a criação de um partido não foram
cumpridas, com destaque ao mínimo de assinaturas necessárias (492 mil) previsto
em lei.
Marina
agora deve se filiar a outro partido político para poder se candidatar às
eleições de 2014. Roberto Freire disse que as portas do PPS estão abertas
(resta saber se o Serra deixa Marina se filiar).
Independente
das críticas que se possa fazer ao perfil da Rede Sustentabilidade proposto por
Marina Silva, um partido que mais parece uma ONG e embrião atrelado ao
capital financeiro via Itaú-Unibanco, as regras para a criação de partidos no
Brasil deveriam ser mais simples.
Não
é a quantidade de partidos que torna o sistema político eleitoral frágil e sim
como se dá a necessidade dos partidos dentro dele. Se uma agremiação partidária
serve apenas para disputar eleições, para abrigar “personalidades” que puxam
votos, aí sim, temos partidos demais.
Mas
se essa relação coloca as siglas partidárias em constante debate sobre
concepções de sociedade, seja na esfera política propriamente dita, seja econômica,
ambiental ou acessibilidade. Que se insira nas organizações do povo e atua
junto a ele na busca por soluções a seus problemas, como sindicatos,
associações de moradores, entidades estudantis e até ONGs, por que não?
Porém,
mesmo assim apenas isso não basta. É preciso que nas disputas eleitorais os
programas partidários sejam o centro do debate e não as personalidades que
pedem o seu voto. Assim, desse jeito, quanto mais partidos, melhor. Significa que
mais segmentos da sociedade estão disputando espaços políticos institucionais.
Infelizmente,
não é isso que temos no país. Mas aqui, nem de longe negar o papel que o indivíduo cumpre na materialização de programas e ideias, apenas destacando,
que elas, as ideias sejam o centro do debate. Com isso, em médio prazo, acaba
essa lógica de que o mandato parlamentar é um “mini-executivo”, obviamente que
para tal, acabar com as emendas parlamentares tem é necessário.
Marina
não cumpriu o que estabelece a legislação em vigor e, por mais que discorde,
era obrigada a cumpri-la. O jogo montado com artistas em geral pedindo um “jeitinho”
para fazer de conta que tudo foi cumprido em “nome da democracia” é apenas mais
uma prova que sua Rede Sustentabilidade é mais do mesmo.
Ela
agora terá que se filiar em outro partido para poder disputar as eleições no
ano que vem. Se o fizer, Será a confirmação do que o pedido para se dar “um
jeito” já havia mostrado, que ela tudo o que afirma serem os outros: casuísticos
que usam a política para promoção pessoal.
E
se não fizer? Em que lado ou que palanque ela estará ano que vem? Estará em
algum? Marina vive o "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".
Nenhum comentário:
Postar um comentário