O
deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) é o mais novo candidato à Princesa
Isabel. Segundo os livros de História – os ruins, desses que não fazem as
pessoas pensarem criticamente – foi a princesa quem concedeu a liberdade aos
escravos no Brasil. Num gesto de bondade, altruísmo e pensamento modernizante.
Caiado
foi procurado por uma médica cubana que estava no Brasil por conta do “Mais
Médicos” chamada Ramona Rodriguez. Ela alegou estar sofrendo perseguição no
Brasil e que desconhecia a remuneração que receberia no país. Disse que pediria
asilo político ao Brasil, país que ela afirma que a persegue.
Imagine
você que ela pediu ajuda ao seu próprio algoz. Realmente, não existe limite
para a loucura. Ou para a mentira.
Sua
novela tragicômica ao lado da versão 3.0 da Princesa Isabel não durou nem 24
horas. A própria Folha de S. Paulo, jornal totalmente isento para os mais
conservadores, publicou que ela tem um marido em Miami. E também foi dada a
informação de que ela pediu asilo nos EUA. Essa foi no Estadão, também um
veículo isento para a direita brasileira.
Ronaldo
Caiado é um escravocrata de alta estirpe. Votou contra a PEC do Trabalho
Escravo e em fazendas de sua família foram encontrados trabalhadores exercendo
atividades análogas ao escravo.
Sobre
os termos de cooperação técnica ao qual o “Mais Médicos” está submetido passa
pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) da Organização Mundial de Saúde (OMS),
vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). E no acordo com Cuba
consta que os médicos da ilha caribenha receberiam R$ 4 mil.
A
taxa de deserção entre os médicos cubanos que participam de programas similares
ao redor do mundo é de 3%. No Brasil, é de 0,01%. Portanto, 99,99% dos médicos cubanos no Brasil continuam a cumprir a tarefa que vieram
para fazer: atender as populações mais pobres do país.
Do
mesmo jeito que a Princesa Isabel original é uma farsa, sua versão moderna e
masculina também é. No século XIX, os escravizados, na prática, jamais saíram de sua condição e nos dias de hoje, Caiado diz ser contra a "escravidão do 'Mais Médicos'", mas age para impedir punição aos escravocratas modernos que estão espalhados por aí. Infelizmente esse é o nível da oposição no Brasil.
Um comentário:
Vejo:
A médica cubana é um soldado de paz de uma força humanitária em missão humanitária.
Não é um soldado de um força militar em ação militar. Mas é como se fora, uma guerra do mesmo modo e ela é uma desertora e como tal deve ser vista.
Acho que nesta linha que o governo brasileiro deve tratar o caso.
De resto as contradições se anulam por elas mesmas.
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