O
deputado federal e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) vai
renunciar (hoje, 19/02) ao mandato na Câmara Federal para escapar do julgamento
do “mensalão” tucano (nunca mineiro!) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Sem
mandato, Azeredo tenta perder o foro privilegiado e ser julgado na primeira
instância em Minas Gerais. Ele enviou uma carta com sua decisão através de seu
filho, Ricardo. Azeredo parece ter aceitado sua condição de solidão política.
Logo
quando veio a tona o pedido de 22 anos de prisão da Procuradoria-Geral da
República para Azeredo, o PSDB apenas ensaiou um apoio. Mas Preferiu jogá-lo
aos leões, como se nada tivesse a ver com o que está acontecendo.
É
bem verdade que nesse período o deputado federal, ao chegar a uma reunião com
lideranças tucanas mandou um recado dos brabos. “Para começar, essa campanha não foi minha, foi do PSDB todo, inclusive de Fernando Henrique à reeleição”.
Na
tal carta levada por seu filho a Brasília, Azeredo acusa que “o Supremo não
julga, só condena”. Reconhece, mesmo sem citar, que o julgamento da AP 470 foi
injusto.
Sinceramente,
tenho dúvidas de que ele vai “morrer” sem atirar. Ele que sempre foi tido como
o exemplo do PSDB, tanto por Aécio Neves quanto por Fernando Henrique Cardoso.
Mas
e o STF? Vai ter coerência e julgar Azeredo ou vai deixar que seu caso desça à
primeira instância? Sim, por que Dirceu foi julgado no Supremo, mesmo sem
mandato de deputado federal, pois foi cassado na Câmara. O argumento era que
quando o “mensalão” do PT aconteceu ele era deputado federal licenciado para a
Casa Civil da Presidência da República.
Caso
a tática dos tucanos se concretize, estará mais do que claro – mesmo para os
que não querem ver – os dois pesos, duas medidas.
E
o tucanato segue fingindo que não tem nada a ver com essa conversa toda. E a
imprensa grande também, claro. Não é necessário esforço algum para perceber a
diferença de tratamento em relação ao caso do PT.
Agora
com a bola o STF. A coerência aguarda ansiosa.
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