Hipertensão
Arterial Pulmonar (HAP) é uma doença que afeta a pressão arterial dos pulmões e
pode ocasionar falhas no coração, causando cansaço, desmaios e até a morte das
pessoas diagnosticadas com a doença.
Em
Minas Gerais, o Governo do Estado vem deixando de fornecer os medicamentos necessários
ao tratamento da doença. Quem nos informou sobre essa situação de desrespeito
foi o presidente da Associação Mineira de Hipertensão Arterial Pulmonar (AMIHAP), Rodrigo
Luciano Vilaça.
Por
email, ele relata um pouco da luta travada pela AMIHAP, por médicos e por
pessoas diagnosticadas pela doença para ter acesso aos medicamentos e
continuarem seus tratamentos.
“A HAP é uma doença
rara que leva a óbito em dois anos após a sua descoberta se não for tratada
adequadamente. Com o esforço da Associação, dos médicos e pacientes conseguimos
implantar no Estado de Minas Gerais um protocolo de tratamento que garante ao
paciente o recebimento gratuito de duas drogas: a Sildenafila e a Bosentana.
No início,
conseguíamos os remédios somente pela via judicial. Após o protocolo, a doença
foi reconhecida pelo SUS e o Estado passou a fornecer administrativamente.
No entanto, desde o
primeiro semestre do ano passado, estamos enfrentando dificuldades em receber
os medicamentos. O Estado desrespeita a lei, a Constituição, e alega uma série
de desculpas para não comprar os remédios.
Também recebemos
informações truncadas, onde uns dizem que tem remédio, outros dizem que não, e
ainda outros que dizem que os problemas são as licitações. Enfim, pacientes
estão ficando sem serem medicados.
Um dos grandes
problemas da doença é que pode acontecer o chamado efeito “rebote” quando o
medicamento é interrompido e o paciente corre sério risco de morrer.
Vemos que o “choque
de gestão” com belas propagandas sobre a saúde em Minas Gerais são falácias e
que o Estado está quebrado. E o reflexo disso está na falta de medicamentos,
não apenas para Hipertensão Pulmonar. Vários medicamentos de alto custo estão
faltando da Secretaria de Saúde”.
Vilaça
relata que o Ministério Público de Minas Gerais (MP/MG) tem se colocado a favor
dos pacientes e movido ações contra o Estado. Mas nos últimos meses, o MP/MG
não tem tido sucesso.
O
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, Durval Ângelo (PT) está articulando uma audiência pública para chamar o
Estado a dar explicações.
Fica
aí um breve relato de como os tucanos liderados por Aécio Neves tratam a saúde
pública. Fica também a denúncia para que alguma autoridade competente averigue
e tome as devidas providências.
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