Estamos
às vésperas dos 50 anos do golpe civil-militar de 1964. Para muita gente, entre
eles o ministro Marco Aurélio Mello do STF, isso “foi um mal necessário”.
Com
o discurso falacioso de que estava em construção no Brasil um “golpe comunista”,
setores da elite nacional, em conluio com o Departamento de Estado dos Estados
Unidos e CIA, mais o comando dos militares à época impuseram o fim da democracia
no país.
E
pasmem, ainda hoje tem gente que “jura de pé junto” que um “golpe comunista”
está em curso no Brasil e pede uma “intervenção militar”. Como alguém disse em
um comentário no site Tijolaço, “é preciso criar um novo programa no Brasil, o Mais
Psicólogos”.
E
o golpe não foi apenas para pôr fim à “ação comunista no país” e sim para
atender os interesses do capital internacional e a sanha imperialista dos EUA. A
América Latina já tinha Cuba embaixo de suas barbas e um presidente que
propunha uma melhor divisão de riquezas era o temor do império ianque. Pensem no
medo de o Brasil se tornar uma nova Cuba.
Lógico
que sequer passamos perto disso. O que João Goulart propunha era a democratização
da produção de riqueza e nada mais. Jango jamais propôs o fim da propriedade
privada dos bem de produção.
Essa
breve introdução se dá para lhes apresentar um documentário feito por
professores curso de História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE),
Campus de Marechal Candido Rondon. O vídeo foi produzido para ser apresentado
na semana de recepção aos calouros do curso.
Além
do documentário, a ideia era que os calouros tivessem acesso a leitura
específica sobre o período. “aquela relacionada ao que se convencionou chamar
de "música popular brasileira" (MPB), seus principais artistas e
compositores, de modo a compreender um contexto histórico de produção da
"música popular" no Brasil (em seus termos estéticos, políticos e/ou
ideológicos), assim como pensar a música como elemento fundamental de reflexões
sobre a história do país, seus avanços, impasses e dilemas”, diz a descrição do
vídeo no Youtube.
Mesmo
sem aprofundar alguns temas, o documentário "Bodas de Sangue: 50 Anos do
Golpe de 1964 - História, Cultura e Música Popular no Brasil" é um
excelente material para melhorar o entendimento do período e o que foi o golpe
de 1964 que algumas pessoas insistem em defender e desejar sua volta.
2 comentários:
no dia do golpe morávamos em Fortaleza estava no dentista eu meus irmãos menores e nosso amado pai .quando sai vi um burburin de tanque cavalaria estudantes bolas de fogo cruzavam nossa cabeça ainda lembro como se fosse ontem papai nos sentou um cantinho la no cine São Luiz e se enfiou no meio do povão ao Gritos Abaixo a Ditadura e Viva a Democracia , como tenho orgulho de meu velho comunista pai.
Olá Cadu,
Bom dia. Sou Rodrigo Paziani, um dos autores do video "Bodas de Sangue". Peço encarecidamente que assista o video e deixe comentários, críticas e sugestões. Tais inserções dos que assistem são importantes para refletir sobre o período e sobre os pontos positivos e frágeis do video. Abraços fraternos, Rodrigo.
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