Luciano Hang, em meme como petista (Foto: Reprodução) |
A internet repercutiu bastante o vídeo de Luciano Hang, conhecido como véio da Havan, em apoio ao governo Lula. Caricato e fantasiado de papagaio como sempre, o empresário que até outro dia prestava apoio a Jair Bolsonaro de maneira desavergonhada, “lulou”. Será?
“Agora temos um presidente novo, temos um governo novo. Vamos torcer para o piloto, como eu sempre falo, fazer uma ótima viagem. Eu estou dentro do mesmo avião”, disse Luciano Hang.
Na política, sempre vale o pragmatismo e Jair Bolsonaro não está mais no gerenciamento do Estado brasileiro. Ou seja, no poder. Logo, o capitão fujão passou a ser desinteressante aos negócios, ainda mais diante das polêmicas que o envolve, especialmente os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
Rei morto, rei posto. Essa máxima é uma das que mais tem pé na realidade. Na política, assim como na natureza, não existe espaço vazio e este espaço é mais importante que quem o ocupa para muita gente.
Pragmaticamente falando, que ganho Luciano Hang teria ao manter seu latente bolsonarismo? Nos últimos anos, ele abriu sabe-se lá quantas lojas por mês Brasil afora graças àquela ajudinha marota do Estado brasileiro. Quem não se lembra de Bolsonaro demitindo a equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) após peças históricas terem sido encontradas em área na qual uma unidade da Havan estava sendo construída?
Bolsonaro até de vangloriou disso em fala a empresários em dezembro de 2021.
Luciano Hang adota uma postura política de manutenção, de não brigar para não perder. Esperto ele. E outros farão o mesmo. O pragmatismo reina nos negócios, assim como na política.
E é essa lógica que aqueles que resolveram bancar o terrorismo no Brasil não entenderam. Está aí uma prova de que dinheiro e inteligência não são intrinsicamente correlatas.
Na esfera política, antes mesmo de Lula tomar posse como presidente da República, Arthur Lira (PP) já sinalizou aproximação ao petista. Líder do centrão, ele precisa de acesso ao Poder Executivo para fazer política junto a suas bases em Alagoas e se manter na posição que ocupa frente aos parlamentares do bloco que comanda. (Já havia comentado a respeito em vídeo no Youtube, que deixo ao final desse texto)
Além disso, com a política bagunçada, a economia não avança. Se a econômica não avança, menos recursos para investimentos e emendas parlamentares. E nada mais para bagunçar a política do que um golpe. Por isso, Arthur Lira é um “democrata”.
Após o Congresso Nacional aprovar a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal por causa da conivência das forças policiais locais com os atos terroristas, o parlamentar alagoano e Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, entregaram simbolicamente a Lula o decreto aprovado.
“Presidente Lula, parabéns pela atuação”, destacou Arthur Lira em sua fala durante o encontro.
Os atos terroristas, diga-se, fortaleceram Lula politicamente, porque o Estado se defende – e revida! –, e ninguém quer perder a estabilidade dos espaços que ocupa.
Um comentário:
Luciano Hang que se cuide porque todo mundo sabe que ele ajudou os golpistas
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