terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dilma na ONU e o complexo de vira-latas da direita brasileira

Dilma fala à 67ª Assembleia Geral da ONU, NY.    Foto: UOL
A Presidenta da República Dilma Rousseff, discursou na abertura da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Como desde 2003 com o primeiro mandato do ex-presidente Lula, o país vem tendo destaque positivo em espaços internacionais. Entre os temas abordados por Dilma estavam o econômico – sobre o protecionismo dos países ricos, prejudicando os países emergentes – e sobre os conflitos no Oriente Médio, pedindo o fim dos conflitos, o reconhecimento do Estado Palestino e o fim do embargo econômico imposto pelos EUA à Cuba.

Dilma reiterou o apoio do Brasil ao reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno das Nações Unidas feito em 2011, e completou “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política regional.”

Dilma também defendeu que o Conselho de Segurança da ONU fosse reformado, como forma de ajudar a resolver conflitos regionais como os do Oriente Médio.

Sobre Cuba, Dilma defendeu que o embargo imposto à ilha pelos EUA, condenado todos os anos pela ONU, fosse extinto. “Cuba tem avançado na atualização de seu modelo econômico. [...] A cooperação para o progresso de Cuba é, no entanto, prejudicada pelo embargo econômico que há décadas golpeia sua população. É mais do que chegada a hora de pôr fim a esse anacronismo, condenado pela imensa maioria dos países das Nações Unidas.”


Você pode até discordar do que o país defende nos fóruns internacionais. Sobre Cuba, Palestina, EUA ou o que quer que seja, mas não dá para negar que desde 2003 somos de fato um país nesses espaços.

Tratamos dos temas de forma igual. Antes tirávamos os sapatos. Ouvíamos sermões de como fazer isso ou aquilo. E cogitar espaços na ONU, nem em sonhos.

E como incomoda essa postura. As elites brasileiras sempre tão subservientes tendo que engolir, como diria Zagallo – ex-treinador da seleção brasileira de futebol.

Vi comentários de vira-latas, porque é isso que são: vira-latas. O Brasil sempre teve esse complexo e tem gente que insiste em não se livrar dele.

Lamentável.

Pior é o papelão que faz a pseudo revista Veja. Reparem no título do texto de seu editor e/ou colunista - tanto faz - (alguém anonimamente comentou aqui sobre isso*), Reinaldo Azevedo, sobre o pronunciamento de Dilma na 67ª Assembleia da ONU.

Veja e Azevedo sentem saudades do Brasil dos vira-latas


Agora falar em como a Privataria Tucana é comentada até na Itália eles não falam. Clique aqui




*Comentários anônimos não são publicados

2 comentários:

Klaus Balogh disse...

O RA e a veja tem é saudade da casa grande!

Regina disse...

Pensando bem, pobre dos vira-latas!! São amigáveis, resistentes, vivem em qq canto, comem qq coisa... enfim uns heróis. Acho que devemos pensar num outro qualificativo pois comparar a direita com eles, é uma grande ofensa aos vira-latas!!! rsrs