No
último dia 08 de abril faleceu, aos 87 anos, a ex-primeira ministra Margaret Thatcher,
conhecida como a “Dama de Ferro” por ser “dura” no trato com os sindicatos e
ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato. Ela comandou o governo britânico
de 1979 a 1990. Foi a precursora da execução das teses neoliberais no planeta.
Ela desregulamentou o setor financeiro; flexibilizou as relações de trabalho e
realizou privatizações no Reino Unido.
Ícone
dos defensores das teses neoliberais, sua morte foi motivo de festas para os
trabalhadores britânicos. Literalmente. Vários saíram às ruas para comemorar a
morte daquela que retirou direitos trabalhistas e piorou a vida dos mais pobres
como nunca a Grã-Bretanha tinha visto.
Tanto
lá como aqui no Brasil, essas teses visam a melhoria das condições financeiras
dos setores mais abastados, como os banqueiros. Chegam ao despautério de
defender desemprego e só se fala em alto dos juros. Subir os juros, contem o
consumo e aumentar o lucro isento de produção do capital especulativo. A “Dama”
ficaria orgulhosa de figuras como Alexandre Schwartsman, ex-Banco Central e Ilan
Goldjain do banco Itaú.
Ficaria,
aliás, com toda a gama de “analistas” da nossa “grande imprensa”. Thatcher
adoraria viver no Brasil para ler nossos especialistas em tiros n’água. Tanto lá
no Reino Unido como aqui no Brasil suas teses não tem apoio popular. Não dá
para dizer se quando FHC falecer vai ter festa na rua, mas com certeza não
haverá choro.
A
ex-primeira ministra britânica faleceu, mas deixou vários seguidores, aqui no
Brasil inclusive, que não se incomodam com fome, miséria, inclusão, gente,
emprego, renda. Palavras que em meia hora de discurso no Senado, o atual pré-candidato
do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, não usou uma única vez nenhuma
delas. Tudo aos bancos, aos investidores e ao capital financeiro e especulativo.
O povo, assim como o gol para o ex-técnico da seleção brasileira de futebol
Carlos Alberto Parreira, é um detalhe.
Margaret
Thatcher sempre será lembrada como aquela que deu o pontapé inicial para a
destruição de Estados nacionais e a entrega das economias nas mãos privadas,
deixando milhões de trabalhadores à mercê da sede por lucros e acumulação de riqueza.
Pelo visto suas políticas são leitura obrigatória no ninho tucano.
3 comentários:
o JN não mostrou o povo festejando - porque será? rsrsrsrsr
ela plantou e agora estão colhendo - e qua a colheita será farta (de tudo)
O economista do banco Itaú defendeu publicamente o aumento do desemprego. Se fosse na Argentina, Venezuela ou Equador, teria sido chamado às falas pelo governo.
Quando o FHC falecer nem sei se vão se lembrar dele... rs
A Maggie aqui estaria, depois de largar o osso, comandando o Millenium, escrevendo para o Globo, Folha, Estadão, comentando no JN e Globonews e quem sabe na ABL, cehio de tucanos e assemelhados na sua posse e lançamentos de livros.
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Helder
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