A
cada pesquisa divulgada sobre a qualidade de vida dos brasileiros, uma lágrima
deve cair dos olhos de um tucano. A comparação entre os períodos governados pelo
PSDB e pelo PT deixa bem clara qual a direção que ambos os partidos concebem
que deve ir o Estado brasileiro. Agora o dado revelado foi o de que em 80% dos
municípios brasileiros a desigualdade de renda caiu entre 2000 e 2010. No período
anterior a desigualdade cresceu.
O
Índice de Gini nunca esteve tão bom no país. Na década de 1990 a desigualdade
aumentou 58% das cidades. Ou seja, na década governada por Fernando Henrique Cardoso
(FHC), os brasileiros ficaram mais pobres. Na década de Lula a renda per capita
dos domicílios cresceu 63% acima da inflação.
A
década tucana foi marcada pelo alto desemprego, o que gerou a concentração de
renda entre os mais ricos. Por conta do alto número de pessoas sem trabalhar, o
salário era extremamente comprometido, sem valorização. Bem diferente dos anos
Lula e Dilma. Esta a maior conquista dos trabalhadores: a valorização dos
salários. A renda média dos 20% mais pobres cresceu 217%. Aumentou quatro vezes
mais rápida do que a dos 10% mais ricos.
Na
década de 2000, a renda dos mais pobres era 26 vezes menor do que a dos mais
ricos. Em 2010, essa diferença caiu para 18%. Mesmo a distancia sendo enorme, a queda da
diferença nunca foi registrada na história do Brasil. E segundo o IPEA, foi o
trabalho o maior responsável por isso.
Não
à toa estamos com nosso índice de emprego em 94%. O mais alto da história do
Brasil. Somente no primeiro semestre de 2013 foram gerados mais empregos do que
o saldo dos oito anos do governo de FHC. Por isso que ninguém viu um único
cartaz pedindo emprego nas manifestações de junho.
O
“príncipe dos sociólogos” escreveu em seu artigo publicado n’O Globo que “chega
de mania de grandeza” e que “basta de corrupção”. Para quem se lembra de seu
tempo à frente do país, ministros tiravam os sapatos para passar por alfândegas
em viagens oficiais. O chefe de Estado do Brasil tomava esporros do presidente
dos EUA em fóruns internacionais e o desemprego dava na canela.
Talvez
seja isso que ele diga ser “mania de grandeza”. O Brasil tem 6% de desemprego
enquanto a Espanha tem 40%. “Basta de corrupção”. Isso mesmo, basta. Começa
devolvendo o dinheiro da privataria e do escândalo do metrô em São Paulo. Discurso
velho e batido da UDN, corrupção é transgressão de lei. Não há lei alguma que
não possa ser burlada. Mas foi agora que se sancionou uma lei contra os
corruptores. Não existe corrupção sem corruptor. Siemens que o diga.
FHC
não tem discurso, nem agenda. A não ser a volta ao passado. Onde os
trabalhadores não tinham o mínimo de valorização, onde o complexo de vira-lata
é o norte da governança e a elite branca vai voltar a ter conforto em aeroporto.
2 comentários:
Este senhor, FHC, que já está senil e fora da caixa.Ele não sabe mais o que diz, está caduco e gagá morimbundo. Ele é chefe da turma quebrou o Brasil, sucateou nossas universidades e incentivou a jogatina financeira e governou a servico da midia atrasada. Fora FHC, o Brasil nao quer mais ver o futuro repetindo o passado. Deus nos livre Amem.
Excelente, gostei muito. Mas creio que há um dado errado. No parágrafo "Na década de 2000, a renda dos mais pobres era 26 vezes menor do que a dos mais ricos. Em 2010, essa diferença caiu para 18%" - você quer dizer que caiu para 18 VEZES, certo?
Bete Torii
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