quarta-feira, 18 de junho de 2025

Quem vale mais: JHC ou a dupla Marcelo Victor/Paulo Dantas?

Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e JHC (Fotos: Reprodução)

Na política de Alagoas, tem uma pergunta que começa a martelar e que não é nada fácil de responder. Quem tem mais peso hoje? Quem senta na mesa com mais ficha de aposta? João Henrique Caldas, o JHC, prefeito de Maceió e dono de uma votação acachapante na capital? Ou a dupla Marcelo Victor, presidente da Assembleia Legislativa, e Paulo Dantas, governador de Alagoas?

A resposta não é simples e a política, a depender do dia, do vento e da maré política, muda de direção.

sábado, 7 de junho de 2025

A importância do Plebiscito Popular pelo fim da escala 6x1, isenção do IR e taxação dos super-ricos


Dois dois principais temas para a classe trabalhadora neste momento são a redução da jornada de trabalho, com o fim da escala 6x1; e a garantia da isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 mil reais mensais e a taxação dos super-ricos. Não é à toa que as centrais sindicais, juntas aos movimentos Povo sem Medo e Frente Brasil Popular, lançaram um plebiscito nacional para dialogar, convencer e mobilizar pessoas de todo o país acerca dessas pautas.

À primeira vista pode parecer algo que não precisa de muita força para ganhar as pessoas. Afinal, quem seria contra reduzir o tempo de trabalho, aumentando seu tempo livre para ficar com a família, para o lazer, estudo ou o que quer que seja? Ou quem seria contra isentar trabalhadores que recebem até 5 mil reais por mês de salário e cobrar os super-ricos, que somados são 141 mil pessoas entre mais de 200 milhões de brasileiros?

Se as coisas fossem tão simples assim, não haveria miséria, fome e exploração; não haveria tanta desvalorização profissional em uma série de categorias; não teríamos tão pouca representação, de fato, popular em parlamentos ou outros espaços institucionais; teríamos um mundo sem grandes conflitos, sem ameaças bélicas, sem genocídio. Poderíamos até ter um mundo socialista, por que não?

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O vai e vem entre JHC, Lira e Renan

JHC, Arthur Lira, Renan Filho e Renan Calheiros (Fotos: Reprodução) 


A disputa política em Alagoas já vem há muito tempo sendo capitaneada por dois flancos, um liderado pelos Calheiros, o outro por Arthur Lira. Mas recentes acontecimentos podem fazer surgir um terceiro campo eleitoral.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, conhecido por JHC – ainda no PL, mas podendo retornar ao PSB a qualquer momento –, chega ao final de maio rompido com Arthur Lira (PP), ex-presidente da Câmara dos Deputados e ainda uma das figuras mais fortes em Brasília. Contudo, os sinais de que o prefeito da capital alagoana de aproximação com os Calheiros, ao que consta, teve a fiação cortada.

JHC e Arthur Lira se aproximaram em virtude das eleições de 2022, quando se aliaram para enfrentar o campo que os Calheiros como centro de gravidade. Lira precisava de um nome para disputar o Governo do Estado, após o acordo em torno no nome para a sucessão indireta de Renan Filho – que renunciou para concorrer ao Senado naquele – foi para o brejo.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Apesar de tudo, sob Lula, a economia brasileira insiste em crescer

Ilustração gerada por IA

O Brasil, definitivamente, não é para amadores. Isso vale para a política, a vida cotidiana em sociedade e para a economia, que parece ter a natureza da água – parafraseando Bruce Lee –, na qual se adapta a qualquer circunstância para seguir seu fluxo: crescer.

Não que eu seja adepto da lógica de que economias deve atuar na base do crescimento infinito. Isso para mim é tão errante, diante dos limites das fontes de riqueza disponíveis, mas é algo que atende ao paradigma do capitalismo: gerar riqueza de forma constante para garantir mais acúmulo de capital (para alguns, evidentemente).

No Brasil, a classe dominante opera num híbrido entre capitalismo e escravagismo, num modelo de sociedade que na vida material segue as bases do capitalismo, mas culturalmente, segue escravagista, gerando ainda mais acúmulo de riquezas por meia dúzia de pessoas.

sábado, 17 de maio de 2025

“Privatiza que melhora”: Distribuidora privatizada da Petrobras lesa brasileiros

Imagem ilustrativa feita por IA


Desde o primeiro mês do governo Lula 3, o preço do óleo diesel vendido pela Petrobras às distribuidores caiu 34,9% – isso representa R$ 1,22 por litro, ou R$ 1,75, se levada em conta correção inflacionária –, mas a queda no valor do combustível que chegou aos brasileiros foi cerca de 11 vezes menor.

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é índice oficial de inflação apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre de janeiro de 2023 a abril de 2025, a redução a que os brasileiros tiveram acesso foi de 3,18%. 

Em entrevista à Míriam Leitão, do jornal O Globo, Magda Chambriard, presidente da Petrobras, queixou-se sobre o fato de as distribuidoras não repassarem a redução dos combustíveis aos consumidores. “Quando o preço rebaixado pela Petrobras não chega ao consumidor final, isso nos incomoda. Nos incomoda principalmente quando um distribuidor que tem o nosso logo, por exemplo, não repassa o preço. Na verdade, todas incomodam”. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Centro de Estudos Barão de Itararé alerta para golpe contra Comitê Gestor da Internet



A governança da internet no Brasil está em risco. O Projeto de Lei nº 4.557/2024, de autoria do deputado Silas Câmara (Republicanos) transferir o controle do Comitê Gestor da Internet (CGI) para a Anatel, extinguindo seu modelo multissetorial, que hoje inclui governo, setor privado, sociedade civil e academia. Essa mudança pode pôr fim à participação democrática na tomada de decisões, concentrando o poder em um órgão estatal e abrindo espaço para o domínio de interesses privados sobre a internet brasileira.

O alerta é do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé que, em nota ressalta que “a proposta consiste em alterar a estrutura de governança da Internet estabelecida há 30 anos no Brasil, minando, essencialmente, a representação da sociedade civil. Isso significa, na prática, um retrocesso de proporções catastróficas”, pontua. “O modelo de governança da Internet vigente no Brasil é produto de um profundo processo democrático de diálogo entre o governo e a sociedade, resultado de décadas de acúmulo internacional e profunda experiência da academia brasileira, somada ao setor produtivo que possibilitou a consolidação de uma estrutura multissetorial”, completa a nota do Barão de Itararé.