domingo, 24 de agosto de 2025

"Tia Marluce" no STJ: JHC cumprirá acordo que o deixa de fora das eleições em 2026?


Marluce Caldas finalmente foi nomeada para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 21 de agosto, e isso era determinante para que o prefeito de Maceió João Henrique Caldas, JHC, e presidente do PL em Alagoas fizesse movimentações políticas para redesenhar o cenário eleitoral alagoano para 2026. Segundo revelado por Ricardo Mota, em seu blogue no portal Cada Minuto, o acordo prevê troca de partido, apoio para o Senado e Governo do Estado. Ou seja, JHC fica fora das urnas daqui a dois anos.

Conforme o relatado, o trato é que com a ida de Marluce Caldas ao STJ, JHC troca de partido, saindo do PL e migrando para uma legenda da base de apoio a Lula (PT); apoia Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) para o Senado; e Renan Filho (MDB) para governo, restando ao chefe do Executivo maceioense concluir seu mandato, ficando dois anos – entre 2028 e 2030 – sem cargo eletivo.

O acordo parece ruim sob a ótica do prefeito. E é!

domingo, 3 de agosto de 2025

Sobre a relação PT/MDB em Alagoas


Não é de hoje que a relação política entre o PT e o MDB em Alagoas gera controvérsias, dentro e fora do Partido dos Trabalhadores. A partir de fora, naturalizou-se a máxima de que o PT alagoano é um “puxadinho” do MDB local, comandando pelo senador Renan Calheiros, o que acabou contaminando também a percepção interna entre parcela de filiados ao PT, à qual defende rompimento total com os emedebistas. Mas nem tanto ao céu, nem tanto à terra.

Evidente que há muito tempo o PT tem, em meu ponto de vista, errado nessa relação. Não por estar majoritariamente coligado ao MDB nas disputas eleitorais locais, mas por não ter usado esse tempo – ao menos desde 2003, quando aderiu à base de Lula em seu primeiro governo, após ter votado em José Serra no pleito de 2002 – para crescer politicamente em Alagoas, não somente em espaços institucionais, mas também em influência política junto aos alagoanos.

O PT – assim como toda a esquerda alagoana – tem pecado no trabalho de formação, consolidação e fortalecimento de lideranças. Por isso, os quadros são sempre os mesmos e nos mesmos tamanhos de sempre, relegando à militância somente o papel de claque em manifestações de rua e plenárias partidárias.

domingo, 27 de julho de 2025

Caiado, Ratinho, Tarcísio e a eterna submissão da elite à potência estrangeira

Ratinho Jr., Ronaldo Caiado e Tarcísio defendem submissão aos EUA (Imagem de IA)

Em evento recente, governadores da direita – quer dizer, da extrema-direita envergonhada –, criticaram a postura do presidente Lula diante do ataque de Donald Trump à soberania brasileira. Ronaldo Caiado, Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas defenderam que o chefe de Estado e chefe de governo do Brasil se curve à chantagem do laranjão do norte.

A defesa à submissão, travestida de “ações efetivas para resolver o problema”, ocorreu em 26 de julho, durante a Expert XP, um tipo de rentista fest, onde as figuras que lucraram com a miséria do povo – através da desindustrialização e de juros abusivos – se encontram para se vangloriar de sua riqueza e expertise em acumular dinheiro sem produzir um botão sequer.

Nos títulos dos veículos da mídia hegemônica, a ênfase de que os três fascistoides envergonhados foram aplaudidos após a ode ao viralatismo brasileiro. Nada mais natural, já que a classe dominante brasileira é antinacional e, portanto, seus vassalos também o são.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Acordo Calheiros, Lira e JHC para 2026 tem tudo para não ver a luz do dia

JHC, Arthur Lira e Renan Calheiros (Imagem gerada por IA)


Foi revelado pelo jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto, que foi firmado um acordo para as eleições de 2026 em Alagoas no qual, aparentemente, contempla os principais atores/campos políticos do estado. De fato, à primeira vista, todos saíram com algo na mão, mas o pacto não tão bom assim para todos ou não o suficiente.

Ficou acordado que Marluce Caldas, procuradora de Justiça do Ministério Público de Alagoas e tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), seria a indicada pelo presidente Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso foi feito e agora resta a sabatina no Senado. Em contrapartida, JHC deixaria o PL – partido que comanda em Alagoas – e migraria para uma legenda da base de Lula, sendo o mais falado o PSB, e não seria candidato a nada em 2026, apoiando Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) para o Senado, e Renan Filho (MDB) para governador.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Quem vale mais: JHC ou a dupla Marcelo Victor/Paulo Dantas?

Paulo Dantas, Marcelo Victor, Renan Calheiros e JHC (Fotos: Reprodução)

Na política de Alagoas, tem uma pergunta que começa a martelar e que não é nada fácil de responder. Quem tem mais peso hoje? Quem senta na mesa com mais ficha de aposta? João Henrique Caldas, o JHC, prefeito de Maceió e dono de uma votação acachapante na capital? Ou a dupla Marcelo Victor, presidente da Assembleia Legislativa, e Paulo Dantas, governador de Alagoas?

A resposta não é simples e a política, a depender do dia, do vento e da maré política, muda de direção.

sábado, 7 de junho de 2025

A importância do Plebiscito Popular pelo fim da escala 6x1, isenção do IR e taxação dos super-ricos


Dois dois principais temas para a classe trabalhadora neste momento são a redução da jornada de trabalho, com o fim da escala 6x1; e a garantia da isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 mil reais mensais e a taxação dos super-ricos. Não é à toa que as centrais sindicais, juntas aos movimentos Povo sem Medo e Frente Brasil Popular, lançaram um plebiscito nacional para dialogar, convencer e mobilizar pessoas de todo o país acerca dessas pautas.

À primeira vista pode parecer algo que não precisa de muita força para ganhar as pessoas. Afinal, quem seria contra reduzir o tempo de trabalho, aumentando seu tempo livre para ficar com a família, para o lazer, estudo ou o que quer que seja? Ou quem seria contra isentar trabalhadores que recebem até 5 mil reais por mês de salário e cobrar os super-ricos, que somados são 141 mil pessoas entre mais de 200 milhões de brasileiros?

Se as coisas fossem tão simples assim, não haveria miséria, fome e exploração; não haveria tanta desvalorização profissional em uma série de categorias; não teríamos tão pouca representação, de fato, popular em parlamentos ou outros espaços institucionais; teríamos um mundo sem grandes conflitos, sem ameaças bélicas, sem genocídio. Poderíamos até ter um mundo socialista, por que não?