O
final de ano em 2013 está com cara de 2014. Não acham? Especialmente no samba
das articulações políticas para o pleito de outubro próximo. Algumas batucadas
não mudam. Não mudam nunca. Como o da “grande imprensa” sobre os setores mais
populares da política nacional.
Na
oposição as peças se mexem mais bruscamente. Afinal é ali que se tem que correr
atrás do tempo perdido. E, sinceramente, pelo andar das coisas, tudo continuará
como está. Perdidos.
Joaquim
Barbosa, que não diz nem que sim nem que não sobre sua candidatura em 2014,
quer que agências de publicidade façam a comunicação do Supremo Tribunal
Federal (STF), ou como consta em documento enviado ao Conselho nacional de Justiça
(CNJ), ao Poder Judiciário.
Na
proposta de Barbosa não há previsão de teto com gastos publicitários. Aliás,
para quê gastos publicitários? O Poder Judiciário não é executor de políticas e
obras. Não cria nada de novo em quê as pessoas precisam ficar sabendo e, por
ventura, alguma regra, método ou forma de execução de suas atividades junto à
população, tem-se a cadeia de rádio e tevê para fazer isso.
Além
de campanha publicitária, Joaquim Barbosa não quer – lembrando – teto de
gastos. Ao contrário dos outros dois poderes. É o Supremo supremo.
Será
que ele vai disputar as eleições do ano que vem?
Ninho tucano
Se
Barbosa vai, ele ainda não disse. Mas o PSDB vai. Só não se sabe ao certo como.
(Extra) oficialmente o candidato é Aécio Neves. Ele foi alçado à presidência do
partido, como apoio do FHC e tudo, para ter mais projeção.
Mas
nem todos os bicos sorriram com essa decisão, entre eles José Serra. O eterno
candidato ainda não disse não ser candidato em 2014. Joga nos bastidores para
minar o colega mineiro-carioca.
Serra
ajuda tanto o PSDB para a disputa eleitoral do ano que vem que afirmou que o
uso de cocaína deve ser pauta da campanha. Ora, não tem dois meses que 450
quilos de pasta base de cocaína foram encontrados dentro de um helicóptero em
uma fazenda no Espírito Santo. A aeronave e a propriedade rural são da Família
Perrella, aliados de Aécio em Minas Gerais.
Somente
daí dá para perceber como Serra ajuda o PSDB e Aécio. E essa ajuda parece ter
ares de maldade. Ele publicou em seu perfil no Facebook que o PSDB deveria
lançar Aécio o mais rápido possível. A notícia foi dada como que ele havia
desistido de se candidatar para apoiar o correligionário, mas ele negou que
houvesse pulado fora do barco. Continua na disputa interna do tucanato.
Além
da disputa interna, as coisas não andam boas entre eles. As pesquisas são desanimadoras.
Ao que tudo indica – ainda tem muita água para passar por baixo da ponte – a eleição
presidencial será definida no primeiro turno e com vitória de Dilma.
Tendo
isso em vista, Aécio resolver trocar seu marqueteiro. Ele trocou Renato Pereira,
que atuou na campanha de Caprilles, contra Hugo Chávez na Venezuela em 2012. Segundo
notícias vinculadas na imprensa, Aécio deve recorrer a uma solução caseira,
trazendo para sua equipe as mesmas pessoas que coordenam as campanhas do PSDB
em Minas desde 2002.
Tendo
um colega de partido com o José Serra, Aécio deveria chamar um espanta
assombração e não um marqueteiro.
Campos e o PSB
Quer
sinal melhor de como as coisas estão feias no ninho tucano? Roberto Freire, o
mais fiel aliado do PSDB – do Serra, é verdade –, e seu PPS, fechou acordo com
Eduardo Campos do PSB e deve apoiá-lo em 2014. O governador de Pernambuco é
outro que não consegue descolar sua campanha do chão.
Teve
um momento de pop star ao filiar Marina Silva e sua Rede no PSB, mas depois
voltou a ser um ilustre desconhecido da população brasileira. Tirando a visibilidade
que a mídia lhe deu por ter filiado a ex-senadora, a grande vitória de política
de Campos em seu voo solo é o apoio do PPS.
Agora
responda a si mesmo se por acaso o candidato do PSDB for o Serra, você acha que
o PPS abandona Campos para se juntar ao tucano?
Eduardo
Campos segue fechando diversos acordos estaduais com o PSDB. Já houve notícias
de que haverá apoio mutuo em um eventual segundo turno e, ao que consta, sem
ser dada a menor importância ao que Marina pensa disso tudo.
Marina
que, aparentemente, caiu em uma armadilha. Não conseguiu cumprir a burocracia
para fundar seu partido anti-partido e, no desespero, se deixou seduzir pelos
olhos verdes de Eduardo Campos. Está fadada, caso nada altere o quadro, a ser,
se quiser, candidata ao Senado no Acre.
E o PT?
Ao
PT cabe fortalecer as alianças eleitorais. O fato de o vento, nesse momento,
soprar (muito!) a favor não pode significar imobilismo. Nem pragmático, muito
menos programático.
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