E
o presidente supremo do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa fez mais
um dos seus supremos disparates. O novo baluarte da moral no Brasil está em
viagem de onze dias à Europa. Durante sua passagem pelo velho continente ele
receberá R$14 mil e fará duas palestras, uma delas de 30 minutos.
Ou
seja, ou a diária para representar o STF custa R$ 7 mil ou o órgão máximo do
Poder Judiciário do país custeou as férias do supremo presidente do Supremo. Em
ambas as possibilidades, essa situação é um total descalabro. Seja pelo custo
da diária por viagem em representação ou por ter suas férias custeadas com
dinheiro público.
Lembrando
que Barbosa está em férias. Será que mesmo em tal circunstância o STF – ou qualquer
órgão público – pode custear diárias de representação? Mesmo que possa, o valor
pago é exorbitante. Isso se os R$ 14 mil forem referentes apenas às duas
palestras.
E
o Senado não vai fazer nada. Não vai sequer questionar tais gastos. Não que ele,
o Senado, esteja com a moral elevada no quesito patrimonialismo, mas para
cumprir uma de suas funções constitucionais que é o de julgar por
responsabilidade ministros do STF, deveria ao menos solicitar explicações sobre
as aventuras de Barbosa na Europa.
Além
da moral baixa, o Senado representa o Estado brasileiro que é extremamente
patrimonialista. Por natureza não vai fazer nada. Aliás, essa casa legislativa
não devia nem existir. Ela representa o Estado, a União, a Federação. Por isso
todos os estados brasileiros têm o mesmo número de senadores.
Ele
é também chamado de câmara revisora. Ou seja, o Senado, que representa, não o
povo, mas a superestrutura, o Estado, revisa o que é aprovado pela chamada casa
do povo, que é a Câmara dos Deputados. O Senado não deveria existir. Não há
nenhuma prerrogativa exclusiva dos senadores que não possam ser exercidas pelos
deputados, a não ser por força de lei.
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