Banco Central tem dado uma gravata na garganta da economia brasileira |
Quem se ateve a apenas consumir o conteúdo produzido pela imprensa grande acerca da visita de Lula (PT) a Portugal, recebeu somente o fato de a primeira-dama Janja ter ido a uma loja comprar uma gravata para o presidente numa loja “de luxo”.
O valor da peça de roupa circunda mil reais e este fato foi tratado como algo central na ida de Lula à terra de nossos colonizadores. Os mais de 13 acordos firmados e cerca de R$ 30 bilhões em investimentos que virão ao país foram secundarizados. Afinal, fofoca engaja e gerar cliques.
Mas essa gravata não é problema para o Brasil, ainda mais porque foi comprada com cartão de crédito próprio e não o corporativo. A gravata que incomoda e cujo nó já deveria ter sido desatado custa 13,75% ao ano.
Sim, a taxa básica de juro praticada no país atrapalha o crescimento econômico e nos impede de lidar com uma possível crise de crédito que já faz sombra no horizonte.
Se descontarmos a inflação – na casa dos 5% –, o juro real no Brasil é de cerca de 8%. Um escárnio.
O tecnocrata-sabotador-mor da República, Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central (BC) insiste em justificar a injustificável manutenção da taxa básica de juro a 13,75% com as mais variáveis lorotas possíveis.
Até mesmo setores do grande capital nacional já encorparam o coro de Lula pela redução do juro no país. Na taxa em que está, o valor do dinheiro fica muito caro, o que dificulta a tomada de empréstimos para investimentos e, por consequência, o estímulo ao crescimento econômico.
Aumentar a taxa de juro é somente uma das formas de conter inflação, mas não a única. Nem mesmo quando é de demanda, o que não é o caso atual do país.
O potencial produtivo brasileiro está longe de sua capacidade, logo, não há como termos inflação de demanda.
E essa é a gravata que a imprensa grande – tivesse um mínimo de compromisso com a economia brasileira – deveria estar preocupada. Além de ser, de fato, mais cara que a comprada em Portugal, atrapalha a vida de nossa população.
Um comentário:
Fora Campos Neto e a mídia elitista
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