O
que esperar para 2014? há quem deseje ter uma conta bancária mais
rechonchuda ou encontrar o amor da sua vida. Também tem quem queira
a realização de um sonho determinado ou mesmo apenas os velhos
chavões como paz e felicidade. Mas para os setores mais
conservadores do país a meta desse ano que se inicia é que tudo dê
errado no Brasil.
Eles
querem que a economia vá de mal a pior; que as taxas de emprego
caiam; que a audiência dos grande grupos de mídia aumente – já
que está em queda há algum tempo –; que a Copa do Mundo seja um
fiasco, dentro e fora de campo (por que não?); que as manifestações
de junho de 2013 voltem a ocorrer, de preferência com foco real em
Dilma para facilitar – na cabeça deles – o trabalho em outubro,
mês das eleições.
Mas
esse é o ponto central: derrotar Dilma nas eleições. Não importa
a que custo. Eles, os conservadores, já não aguentam mais perder
eleições. Ver setores seus apoiando o governo encabeçado pelo PT.
Sim, afinal há políticas conservadoras no governo, como em todo e
qualquer governo de coalizão à esquerda.
E
para conseguir isso vale até suprimir direitos básicos em uma
democracia como o de defesa. Rasgar os códigos do Direito;
midiatizar julgamentos e engavetar escândalos de bilhões de reais
dos seus aliados e braços da política institucional. A agonia é
tanta que, em 2013, até a cor da roupa da presidenta usado em
pronunciamento no rádio e na tevê virou ação no Ministério
Público.
Especiais
em programas na televisão ou mesmo a participação em jogos bobocas
de programas de auditórios estão no repertório da direita através
da grande mídia (ou seria apenas mídia grande?). Não seria
surpresa, aliás como já houve, em serem transmitidas minisséries
para tentar induzir o julgamento das pessoas para o pleito de
outubro.
Para
isso se pode dar dois nomes: golpismo e agenda vazia. Além do
cacoete em expor o povo brasileiro às suas vontades à força, a
direita no Brasil também não tem agenda para apresentar ao povo.
Pelo menos uma que a possibilite de vencer a eleições
democraticamente. Qualquer pessoa com um olhar mais atento já
percebeu tal falta do que falar no debate entre o Dilma e Serra no
segundo turno da eleição presidencial em 2010. Todas as propostas
do candidato tucano já estavam postas em prática pelo então
governo Lula.
Esse
ano não será dos mais fáceis. É o ano do tudo ou nada para a
direita. Senão terão que esperar mais quatro anos ou tirar de uma
vez por todas sua máscara e repetir o feito de 1964. Aguardemos o
desenrolar do ano que está apenas começando.
3 comentários:
O mais engraçado é que boa parte desses desejos (que a economia piore, que a inflação volte, que o nivel de empregos caia) foi tudo que a esquerda desejou durante os 8 anos do governo FHC. Por isso o PT foi contra: Bolsa Escola (chamava de Bolsa Esmola), Plano Real (que acabou com a inflação), Lei de Responsabilidade Fiscal, privatizações (que melhoraram a qualidade de vida da população em todas as áreas que dependam de tecnologia avançada), a cobrança de CPMF para custear a saúde pública, genéricos, etc. O PT foi contra tudo que melhorasse a vida do povo e pudesse favorecer a permanência dos adversários no poder. E agora fala dos outros...
Esse Lucas tá doido? A esquerda não podia querer o "quanto pior melhor" por que no tempo do FHC não tinha como ficar pior. Ele quebrou o país três vezes. Bolsa Escola? As bolsas no governo FHC foram criadas a poucos meses da eleição em 2002 e eram sim uma esmola. Todas elas. Lula reformulou o programa de bolsas, criou o cadastro único, surgindo o bolsa família. Quem derrubou a CPMF foi o PSDB e seus aliados.
E o genéricos não foram criados pelo Serra (PSDB) e sim pelo Adib Jatene. E o real, que voê não falou, foi criado pelo Itamar Franco e não pelo FHC
Acho que o Lucas Paiva (será nome ou apenas um codinome?), é mais um daqueles tucanos do fiofó amarelo que morre de saudades dos tempos sombrios do FHC Vagabundo. Tempo este em que os pobres eram apenas "reserva de mão de obra barata" para serem exploradas pelos senhores da Casa Grande.
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