O
ano novo mal começou a “nova política” está tão ou mais velha
do que nos tentam convencer os adversários de Dilma e não tão
adeptos do PSDB. A dupla – nada dinâmica – PSB / Rede, a cada
passo que dá se mostra muito “mais do mesmo”.
O
governo de Pernambuco, que tem à frente Eduardo Campos (PSB), vai
oficializar o PSDB em seu governo. O que será que está por trás
disso? Pode ser uma pré-construção de chapa conjunta ou o início
da materialização de um acordo para um pouco provável segundo
turno nas eleições presidenciais. A ver.
Campos
ao se lançar candidato ao Planalto em outubro próximo, trouxe para
si o discurso de Marina Silva (Rede) de que a atual política está
velha, mas ambos jamais deram passos para construir efetivamente uma
nova.
Marina
usava esse discurso para legitimar a construção de seu novo (anti)
partido e não ingressar em um já existente ou mesmo continuar no
Partido Verde (PV). Campos o usou a fim de justificar sua saída da
base do governo Dilma. Os dois logo correram em busca de setores
conservadores que fazem oposição ao governo petista. Ela colou no
Itaú e manteve-se vinculada à Natura. Ele foi disputar espaço com
o empresariado tradicionalmente ligado ao tucanato.
Ambos
chegaram a afirmar que “o Brasil cansou da dupla PSDB / PT”. Mas
ele sempre manteve conversas com Aécio Neves, pré-candidato tucano
à presidência. Ela, ao não conseguir oficializar sua Rede, em
questão de horas, se filiou ao PSB de Campos. Partido que estava,
segundo Marina, no rol de mesmice da política.
Junto
com a direita e a imprensa grande, defenderam que a manifestações
de junho de 2013 se repitam durante a Copa do Mundo. Na mesma
esperança que o desgaste político – que atingiria a todos os
governantes em todos os níveis – consiga se abater sob Dilma até
a realização do pleito, em outubro. Apostam, como toda a oposição,
na bagunça para confundir o julgamento popular sobre o país.
É
direito dos dois procurarem garantir suas candidaturas. Fazerem as
alianças que acharem necessárias. É do jogo
político-institucional. Mas que venderam um gato por lebre
gigantesco, venderam.
E
como não existe dois reis no mesmo jogo de peças do xadrez, Campos
e Marina logo se engalfinharam. Ela diz que a Rede não apoiará
Alckmin em São Paulo e conseguiu, pelo menos por um tempo, frear
essa aliança. Ela defende candidatura própria no estado mais rico
da federação, mas o PSB local quer apoiar a reeleição do
governador do “trensalão”.
Também
saiu a notícia de que Marina teria aceitado ser vice de Eduardo
Campos numa chapa PSB/Rede. Se isso for verdade, ela topa todas
articulações de Campos com o PSDB nos estados, mas dá uma de “João
sem braço” e quando chegar o momento vai dizer que quem manda na
legenda PSB, ao qual a Rede está inserida, é Eduardo. E se não
topar, fatalmente lhe restará ser candidata ao Senado no Acre, se
assim quiser.
Há
quem considere que essa dupla pode desequilibrar a disputa eleitoral
de outubro. Do jeito como se comporta a oposição no Brasil –
Eduardo Campos e Marina Silva também! – não há muito o que
fazer. A não ser se surgisse uma chapa Aécio / Campos ou Aécio /
Marina. Mas aí o pernambucano e a acriana, principalmente ela,
perderiam o que lhes resta de voto de esquerda. Se é que já não
perderam a essa altura do campeonato.
Porém
mesmo nessa situação a vida não seria fácil para a oposição.
Pois, além de chapa forte, tem que ter o que oferecer aos
brasileiros. Aécio quer a volta do “hoje no Brasil todo mundo come
frango” e Campos e Marina, o que querem? Nem eles sabem ao certo. A
aproximação com os tucanos parece ser apenas o desejo de poder pelo
poder. Assim como todos os outros, como diziam (ou dizem ainda)
Campos e Marina. Eles são o que negam ser negando que sejam.
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